PROGRAMA DE HISTÓRIA 2025 - 3º ANO
1º BIMESTRE
Volume 1 Matéria PISM em azul
Frente
A: Módulo
01: História Antiga: Grécia e Roma
Módulo 02: Formação, Apogeu e Crise do Sistema Feudal
Módulo 03: Organização dos Estados Nacionais
Módulo 04: Absolutismo e Mercantilismo
Módulo 05: Renascimento
Frente B: Módulo 01: Expansão Marítima
Módulo 02: América Espanhola e Inglesa
Módulo 03: Povos Africanos
Volume 2
Frente A - Módulo 06: Reforma e Contrarreforma
Módulo 07: Revolução Inglesa
Módulo 08: Iluminismo
Módulo 09: Revolução Americana
Módulo 10: Revolução Francesa e Consolidação da Ordem Liberal
2º BIMESTRE
Frente B - Módulo 04: Brasil Colônia: Implantação e Economia do Sistema Colonial
Módulo 05: Br. Colônia: das invasões estrangeiras ao
Período Pombalino
Módulo 06:
Brasil Colônia: crise do sistema colonial e independência do Br.
Módulo 07: Brasil: Primeiro-Reinado
Módulo 08: Brasil: Período Regencial
Volume 3
Frente A - Módulo 11: Revolução Industrial e consequências
Sociopolíticas
Módulo 12: Independência da América Espanhola e do Haiti
Módulo 13: Estados Unidos no Séc. XIX
Módulo 14: Unificação Italiana, Alemã e Comuna de Paris
Frente B - Módulo 09: Bases Políticas do Brasil Império
Módulo 10: Grupos
Sociais e Políticos do Brasil Império
3º BIMESTRE
Volume 3
Frente
A: Módulo 15: Imperialismo
Volume 4
Frente
A: Módulo 16: Primeira Guerra Mundial
Módulo 17: Revolução Russa
Módulo 18: Período Entreguerras e Segunda
Guerra Mundial
Módulo 19: Guerra Fria e Focos
de Tensão
Módulo 20: Nova Ordem Mundial
4º BIMESTRE
Frente
B: Módulo
11: República Provisória e da Espada
Módulo 12: Brasil: República Oligárquica
Módulo 13: Era Vargas
Módulo 14: Período Liberal –
Democrático (1945-1964)
Módulo 15: Regime Militar
Módulo 16: Nova República
Grécia
· Política
-Necessidade de administrar a cidade.
-Cada cidade-Estado tem sua própria política.
- Em comum temos: A política era uma atividade permitida
na Antiguidade somente para os cidadãos que geriam os negócios da polis
(cidade) como o dinheiro público, as leis, a defesa dos cidadãos diante das
guerras, os serviços públicos, a gestão da economia da cidade, impostos, entre
outras atividades.
Atenas:
- Situada na península da
Ática, que foi ocupada pelos jônios desde o século X a.C..
- Na democracia,
os cidadãos eram iguais perante as leis.
Democracia é um regime político em
que todos os cidadãos elegíveis participam igualmente — diretamente ou através
de representantes eleitos
- As duas principais
instituições eram a Bulé, o conselho que formava as leis, e a Eclésia, a
assembleia que tomava as decisões.
- Participavam da política em Atenas, somente os homens livres, de pai e mãe ateniense, maiores de 18 anos e
nascidos na cidade eram considerados cidadãos. As mulheres, escravos e
estrangeiros não desfrutavam de nenhum tipo de participação política.
- Democracia direta,
onde todos os cidadãos atenienses participavam diretamente das questões
políticas da polis.
- Mistoforia é
como se chamava a indenização diária, paga aos cidadãos atenienses que
participassem de atividades públicas. Foi criada para permitir que os cidadãos
mais pobres participassem das sessões da bulé
- Como forma de garantir o
processo democrático na cidade, Clístenes adotou o “ostracismo”, onde
os cidadãos que demostrassem ameaças ao regime democrático sofreriam um exílio
de 10 anos.
- Ágora era uma grande praça aberta, reservada para funções públicas.
... Atividades religiosas, sociais, comerciais, judiciais, legislativas e
administrativas aconteciam ao redor da área e tornavam a ágora o
coração de uma cidade antiga onde os cidadãos votavam e decidiam
através do voto direto.
Esparta:
- A civilização que deu origem à
cidade-estado de Esparta, na antiga Hélade, ou Grécia Antiga, desenvolveu-se no
centro da Península do Peloponeso a partir da herança dos povos indo-europeus
chamados dórios, que ali se estabeleceram por volta do século
X d.C.
- As duas principais
características de Esparta eram o caráter militarista
e oligárquico. Militarista porque um dos principais objetivos
era formar modelos de soldados bem treinados fisicamente para defender os interesses
políticos da pólis.
- Oligárquia - regime político em que o poder é exercido por um pequeno grupo de
pessoas, pertencentes ao mesmo partido, classe ou família.
- Dois reis (Diarquia), um militar
e outro religioso. Governavam respeitando as decisões da Gerúsia, conselho
composto por 28 anciãos com mais de 60 anos e pertencentes as famílias mais
ricas, e a Apela que era o conselho formado por espartanos acima
de 30 anos.
· Economia
As principais
características de Atenas e Esparta são
o fato de que a cidade-estado de Esparta possuía uma economia
voltada para a subsistência, sendo fraca a prática do comércio, enquanto que
seu modelo de sociedade buscava produzir guerreiros.
Atenas - A economia era
baseada no comércio, já que o território da Cidade-Estado era pouco adequado
para a prática da agricultura em larga escala
Esparta - com grande
disponibilidade de terra fértil, possuía uma atividade agrícola autossuficiente
e comércio restrito.
· Sociedade
Atenas:A sociedade ateniense era formada por três principais
camadas sociais: os cidadãos atenienses, os metecos e os escravos.
Esparta:
- Os dórios invadiram a região e
fundaram Esparta por volta do século IX a.C. e transformaram a
população local em hilotas, em servos.
. Tinha como um de seus principais
objetivos fazer de seus cidadãos modelos de soldados, fortes, corajosos, bem
treinados e obedientes.
- A sociedade era
estamental e estava dividida entre os que participavam da vida política – como
os espartanos que compunham a máquina do estado – e os que não
possuíam direitos políticos: os hilotas e os periecos.
- Os cidadãos espartanos eram
descendente dos dórios, uma minoria em relação às demais classes, os Periecos,
formados por homens livres que se dedicavam a atividades como o artesanato e o
comércio, e os Hilotas, servos — que cuidavam do cultivo e da produção de
alimentos.
- Era considerado cidadão
em Esparta somente aquele pertencente a classe social dos esparciatas,
os guerreiros da cidade e que desprezavam as atividades como a agricultura e o
artesanato.
· Cultura
Esparta e Atenas eram semelhantes na medida que ambas eram Cidades-Estado (unidades
políticas independentes, com governo próprio), eram parte daquilo que
compreendemos como Grécia, tinham uma mesma língua, um mesmo sistema de
narrativas mitológicas e adotavam um mesmo modelo religioso.
A educação
espartana tinha como objetivo a perfeição física, a coragem e o hábito
de obediência às leis, formando soldados ideais, insuperáveis em bravura. Já
a educação ateniense tinha como objetivo a formação e
desenvolvimento de personalidade dos meninos.
Na sociedade
de Atenas(ateniense) a participação da mulher era
praticamente nula, em relação as atividades, e o seu papel era
basicamente. ... Já na sociedade Espartana, a mulher tinha
mais participação na sociedade, muitas delas se dedicavam a jogos esportivos,
participavam de decisões políticas e etc.
Em Esparta, educação tanto
de meninos como de meninas era rígida. Desde pequenos, as crianças espartanas
passavam por um rigoroso treinamento físico. Os meninos eram treinados para se
tornarem excelentes guerreiros; as meninas eram treinadas para serem excelentes
donas de casa e mães de filhos saudáveis.
A educação
ateniense tinha como objetivo principal à formação de indivíduos
completos, ou seja, com bom preparo físico, psicológico e cultural. Por volta
dos sete anos de idade, o menino ateniense era orientado por
um pedagogo. Na escola, os jovens estudavam Música, Artes Plásticas, Filosofia,
Literatura e etc.
Olimpíada / Teatro (tragédia e comédia) / Arquitetura
- Fundação de Roma (753 a.C.):
- Lenda da fundação por Rômulo e Remo.
- Origens míticas de Roma.
- Realeza Romana (753-509 a.C.):
- Período dos reis de Roma.
- Destaque para o governo de Tarquínio, o Soberbo.
- Expulsão da monarquia e início da República.
- República Romana (509-27 a.C.):
- Estrutura política baseada em instituições como Senado e
magistraturas.
- Conflitos internos entre patrícios e plebeus.
- Expansão territorial através de guerras.
- Conquistas de Roma:
- Guerras Púnicas contra Cartago.
- Conquista da península itálica e expansão pela Europa.
- Formação do Império Romano.
- Imperadores Romanos (27 a.C.-476 d.C.):
- Ascensão de Júlio César e Augusto como primeiros imperadores.
- Pax Romana e apogeu do Império.
- Crise do terceiro século e divisão do Império.
- Queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C.):
- Invasões bárbaras e enfraquecimento do Império.
- Queda de Roma para os bárbaros em 476 d.C.
- Período de transição para a Idade Média.
1. Introdução à
Idade Média
- Período entre 476 (queda do Império Romano do Ocidente) e 1453
(queda de Constantinopla).
- Também chamada de Idade das Trevas (visão renascentista) ou Idade
da Fé (predomínio do cristianismo).
- Dividida em Alta Idade Média (séculos V – X) e Baixa Idade Média (séculos XI – XV).
2. Alta Idade Média
(Séculos V – X)
- Formação dos Reinos Bárbaros: Povos germânicos ocupam territórios do antigo
Império Romano.
- Feudalismo:
- Sociedade hierárquica e ruralizada baseada na suserania e
vassalagem.
- Economia agrária e autosuficiente (baseada nos feudos).
- Relação servil: senhores feudais (deviam proteção) e servos (deviam impostos/obrigações).
- Igreja Católica:
- Instituição mais poderosa, influenciando política e cultura.
- Monastérios preservam o conhecimento da Antiguidade.
3. Baixa Idade
Média (Séculos XI – XV)
- Renascimento Comercial e Urbano:
- Crescimento das cidades e desenvolvimento da burguesia.
- Feiras medievais e reativação do comércio.
- Surgimento das corporações de oficio e guildas.
- Cruzadas (1096 – 1291):
- Expedições militares cristãs para reconquistar Jerusalém.
- Contato com o Oriente estimula o comércio e a cultura.
- Crise do Feudalismo:
- Fome, peste negra (1347 – 1351) e revoltas camponesas.
- Fortalecimento do poder dos reis e formação dos Estados
Nacionais.
- Guerra dos Cem Anos (1337 – 1453):
- França x Inglaterra, marcando o fim do período medieval.
- Fim da Idade Média (1453):
- Queda de Constantinopla pelos turco-otomanos.
- Transição para a Idade Moderna (Renascimento e Grandes
Navegações).
Formação dos Estados Nacionais (Portugal, Espanha, França e Inglaterra)
Renascimento Cultural
- Século: Séculos XIV ao XVI.
- Contexto: Revivalismo cultural da Antiguidade Clássica (Grécia e Roma).
- Características:
- Valorização das artes, literatura, filosofia e ciência.
- Humanismo: Foco no ser humano, individualidade, razão e capacidade de transformação.
- Desenvolvimento da perspectiva e técnicas artísticas inovadoras.
- Expansão do comércio e novas formas de mecenato financiaram o movimento.
Renascimento Científico
- Período: Fundamentalmente nos séculos XV e XVI.
- Características:
- Revolução científica: Observação, experimentação e questionamento como bases do conhecimento.
- Figuras importantes: Nicolau Copérnico, Galileu Galilei, Johannes Kepler.
- Teoria heliocêntrica de Copérnico desafiou o geocentrismo medieval.
- Demonstração experimental de Galileu e leis de Kepler revolucionaram a astrofísica.
Posicionamento da Igreja Católica
- Reação inicial: Desconfiança e resistência à nova abordagem do conhecimento.
- Conflitos com a cosmovisão religiosa predominante da época.
- Condenação de obras e teorias consideradas heréticas, como as de Galileu.
- Posterior adaptação e integração de alguns princípios do Renascimento e da Revolução Científica.
Grandes Navegações
- Viagens Portuguesas
- Motivações:
- Busca de novas rotas comerciais para as Índias, visando contornar o monopólio árabe e veneziano.
- Expansão do mercantilismo, em busca de especiarias e metais preciosos.
- Propagação da fé católica e desejo de conquistar novos territórios.
- Principais Navegadores e Viagens:
- Infante D. Henrique (O Navegador) e as expedições ao longo da costa africana.
- Vasco da Gama e a viagem que culminou na descoberta do caminho marítimo para as Índias em 1498.
- Pedro Álvares Cabral e a chegada ao Brasil em 1500.
- Motivações:
- Viagens Portuguesas
- Viagens Espanholas
- Motivações:
- Busca por fama, glória e riquezas para os exploradores e financiadores.
- Expandir o poder do Império Espanhol, competindo com Portugal.
- Propagar o cristianismo, buscando conversão dos povos encontrados.
- Principais Navegadores e Viagens:
- Cristóvão Colombo e a descoberta da América em 1492.
- Fernão de Magalhães e a primeira circum-navegação ao redor do globo em 1519-1522.
- Hernán Cortés e a conquista do Império Asteca no México.
- Motivações:
América Espanhola
1. Civilizações Pré-Colombianas
2. Conquista Espanhola
3. Administração Espanhola
4. Economia
5. Sociedade Colonial
✅ Astecas (México)
-
Capital: Tenochtitlán
-
Sociedade hierárquica e militarizada
-
Economia baseada na agricultura (milho, feijão, cacau) e tributos de povos dominados
-
Religião politeísta, com sacrifícios humanos
✅ Maias (México, Guatemala, Honduras)
-
Grandes cidades-estado independentes (Chichén Itzá, Tikal)
-
Conhecimentos avançados em astronomia e matemática (uso do zero)
-
Escrita hieroglífica e calendário preciso
-
Agricultura (milho, feijão, abóbora)
✅ Incas (Andes – Peru, Equador, Bolívia, Chile)
-
Capital: Cusco
-
Império centralizado, com estradas e comunicação eficiente (quipus)
-
Agricultura em terraços (milho, batata) e mit'a (trabalho solicitado)
-
Religião politeísta (culto ao Sol – Inti)
✅ Principais Conquistadores
-
Hernán Cortés → Astecas (1519-1521)
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Francisco Pizarro → Incas (1532-1533)
✅ Fatores da Conquista
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Armas de fogo e cavalos
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Doenças trazidas pelos europeus (variola)
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Alianças com povos indígenas rivais
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Choque cultural e psicológico
✅ Divisão Territorial
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Vice-reinos: Nova Espanha, Peru, Nova Granada e Rio da Prata
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Capitanias Gerais: unidades menores para defesa
✅ Governo
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Conselho das Índias (Espanha) → Criava leis
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Vice-reis → Representantes diretos do rei
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Audiências → Tribunais de justiça
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Cabildos → Governos locais
✅ Baseada no mercantilismo (riqueza da colônia para a metrópole)
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Mineração (ouro e prata – Potosí)
-
Plantação (açúcar, cacau)
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Monopólio comercial espanhol (proibição de comércio com outros países)
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Mão de obra indígena (encomienda, mita) e africana (escravidão)
✅ Estratificação Social
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Chapetones → Espanhóis nascidos na Europa (elite governante)
-
Crioulos → Descendentes de espanhóis nascidos na América
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Mestiços → Mistura de europeus e indígenas
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Indígenas → Explorados na mita e encomienda
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Escravizados africanos → Trabalho imposto nas plantações e minas
América Inglesa
1. Servidão por Contrato
2. Tipos de Colônias
3. Sistema Administrativo
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Trabalhadores europeus assinaram contratos de 4 a 7 anos de serviço em troca de passagem, moradia e alimentação.
-
Usado principalmente nas colônias do sul e no centro para trabalhos agrícolas.
-
Após o período do contrato, alguns receberam terras, mas muitos permaneceram sem recursos.
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Foi gradualmente ultrapassado pelo trabalho escravo africano no final do século XVII.
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Colônias do Sul ((Virgínia, Maryland, Carolina do Norte, Carolina do Sul, Geórgia)
-
Economia baseada na agricultura (plantações de tabaco, algodão, arroz e índigo).
-
Uso intensivo de mão de obra escravizada.
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Sociedade hierárquica e aristocrática.
-
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Colônias do Centro (Nova York, Pensilvânia, Nova Jersey, Delaware)
-
Agricultura oferecida (trigo, milho) e comércio forte.
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Maior diversidade étnica e religiosa.
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Presença de cidades comerciais importantes, como Nova York e Filadélfia.
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Colônias do Norte (Massachusetts, Rhode Island, Connecticut, New Hampshire)
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Economia baseada em pequenas propriedades agrícolas, pesca e comércio marítimo.
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Sociedade influenciada pelo puritanismo e pelo forte senso de comunidade.
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Maior desenvolvimento educacional e autogoverno.
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Autogoverno
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Muitas colônias desenvolveram assembleias legislativas próprias, como a Casa dos Burgesses na Virgínia e as reuniões comunitárias na Nova Inglaterra.
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Governadores indicados pela Coroa, mas frequentemente influenciados pelas elites locais.
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Negligência Salutar
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Política britânica de não interferência rigorosa nas colônias, permitindo autonomia econômica e política.
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Facilitou o crescimento do comércio colonial e o desenvolvimento de instituições locais.
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Mudou após a Guerra dos Sete Anos (1756-1763), quando a Coroa passou a impor mais controle e tributos, levando ao descontentamento colonial.
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1. Diversidade Étnica na África
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A África possui grande diversidade cultural, linguística e religiosa.
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Principais povos africanos:
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Bantos: Maior grupo étnico, presente em vários países.
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Pigmeus: Pequena estatura, vivem na África Equatorial, dedicam-se à caça e coleta.
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Sudaneses: Agricultores, habitaram savanas e foram usados como mão de obra escrava no Brasil.
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Nilotas: Altos, pele negra, vivem ao sul do Rio Nilo.
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Koikoi: Conhecidos pelos europeus como hotentotes, habitavam o Sudoeste da África.
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Berberes: Povos do Norte da África, falantes das línguas berberes, convertidos ao islamismo no século VIII.
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2. Reinos Africanos
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Reino de Gana (séc. III-XIII):
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Base econômica no comércio de ouro e sal.
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Capital: Kumbi Saleh.
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Declínio devido ao esgotamento das minas e revoltas internas.
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Reino de Mali (séc. XIII-XVI):
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Fundado por Sundiata Keita, maior expansão com Mansa Mussa.
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Cidade de Tombuctu foi grande centro cultural e religioso.
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Comércio intenso com árabes e muçulmanos.
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Declínio após a morte de Mansa Mussa, sendo dominado pelo Império Songhai.
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Império Songhai (séc. XV-XVI):
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Fundado por Sonni Ali Ber, capital em Gao.
-
Economia baseada no comércio de ouro, sal e trabalho escravo.
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Decadência devido à invasão do reino de Marrocos e avanço europeu na costa africana.
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3. Diversidade Cultural Africana
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Culturas africanas apresentam diferentes organizações sociais e políticas.
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Algumas sociedades adotavam linhagem matrilinear (ex: macuas e núbios).
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Mulheres tinham papel importante, como as candaces (rainhas da Núbia).
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Arte africana variada: cerâmicas, esculturas, máscaras e rituais religiosos.
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Importância da tradição oral, transmitida por griôs (contadores de histórias).
4. Povos Africanos no Brasil e a Diáspora Africana
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O termo diáspora africana refere-se à migração forçada devido ao tráfico de escravizados (séc. XVI-XIX).
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Principais grupos no Brasil: bantos e iorubás.
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Influências africanas na cultura brasileira:
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Língua: palavras como quiabo, caçula, moleque, fubá.
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Culinária: vatapá, acarajé, angu, canjica.
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Religião: sincretismo com catolicismo e espiritismo, surgindo religiões afro-brasileiras (ex: candomblé).
-
Arte e música: influência na cultura popular, com artistas como Olodum, Carlinhos Brown e Margareth Menezes.
-
Reforma e Contrarreforma
1. Contexto Histórico
Renascimento: fortalecimento do pensamento crítico e questionamento da
Igreja.
Abusos da Igreja Católica: venda de indulgências, corrupção do clero,
luxo excessivo.
Crescimento do nacionalismo: reis e príncipes apoiam a ruptura com Roma
para maior autonomia.
Imprensa de Gutenberg: permitiu a rápida disseminação das ideias reformistas.
✝️ 2. Reforma
Protestante
95 Teses contra a venda de indulgências.
Doutrina da "justificação pela fé".
Bíblia como única fonte de autoridade ("Sola Scriptura").
Celebração da missa em língua local e fim do celibato clerical.
Apoio de príncipes alemães → criação da Igreja Luterana.
Ideia da predestinação: Deus já escolheu os salvos antes do
nascimento.
Valorização do trabalho e da disciplina (ética protestante do trabalho).
Organização rígida e austera da Igreja.
Expansão na Suíça, França (huguenotes), Países Baixos e Escócia
(presbiterianos).
Ruptura com o Papa após a negação do pedido de divórcio.
Ato de Supremacia (1534): rei da Inglaterra se torna chefe da Igreja
Anglicana.
Inicialmente semelhante ao catolicismo, mas adota elementos protestantes
ao longo do tempo.
Anabatistas: rejeitavam o batismo infantil e defendiam a separação entre
Igreja e Estado.
Puritanos: influenciados pelo calvinismo, buscavam uma igreja mais pura
e sem influência católica.
Metodistas, batistas, presbiterianos: ramificações posteriores do protestantismo.
⛪ 3. Contrarreforma
Católica (Reforma Católica)
Reafirmação de dogmas católicos: fé + boas obras para a salvação.
Criação do Index Librorum Prohibitorum (Índice de
Livros Proibidos).
Fortalecimento da Inquisição para combater heresias.
Reorganização do clero: criação de seminários para melhor formação dos
padres.
Fundada por Inácio de Loyola.
Propagação do catolicismo através da educação e missões evangelizadoras
(ex: América e Ásia).
Julgamento e punição de hereges e dissidentes religiosos.
Perseguição a protestantes, cientistas (Galileu Galilei), bruxas e
judeus.
Uso da arte e da arquitetura para reafirmar a grandiosidade da fé
católica.
Exemplos: Igreja do Gesù em Roma, obras de Caravaggio, Bernini e Velázquez.
⚖️ 4. Consequências da
Reforma e Contrarreforma
Fragmentação do cristianismo ocidental → surgimento de várias
igrejas protestantes.
Guerras religiosas: Guerra dos 30 Anos (1618-1648).
Mudança no papel da Igreja Católica, com maior disciplina e
evangelização global.
Influência no Iluminismo: valorização da razão e do pensamento crítico.
🔹 Martinho Lutero e o Luteranismo (1517)
🔹 João Calvino e o Calvinismo (1536)
🔹 Henrique VIII e o Anglicanismo (1534)
🔹 Outras Vertentes Protestantes
🔹 Concílio de Trento (1545-1563)
🔹 Companhia de Jesus (Jesuítas, 1534)
🔹 Tribunal da Inquisição
🔹 Fortalecimento das Artes Religiosas
(Barroco)
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Revolução Inglesa
🌍 Contexto Geral
- Ocorreu no século XVII
(1603–1688), na Inglaterra.
- Foi um conjunto de conflitos
políticos, religiosos e econômicos.
- Marca o início da transição do absolutismo para o parlamentarismo.
👑 Antecedentes
·
Dinastia Stuart (início com Jaime I) tentou
impor o absolutismo.
·
Conflitos entre a Monarquia e o Parlamento.
· Tensão religiosa: anglicanos x puritanos x católicos.
⚔️ Guerra Civil Inglesa (1642–1649)
·
Conflito entre:
o
Rei Carlos I (absolutista, apoiado pelos
"Cavaleiros").
o
Parlamento (liderado por Oliver Cromwell e
os "Cabeças Redondas").
·
Resultado: Vitória do Parlamento.
· Execução de Carlos I em 1649 – primeira vez que um rei foi julgado e condenado pelo próprio povo.
🏛️ República de Cromwell (1649–1658)
·
Proclamação da Commonwealth (República).
·
Cromwell assume poder como Lorde Protetor
(na prática, governo autoritário).
· Fortalecimento do poder da burguesia e expansão comercial.
👑 Restauração Monárquica (1660)
·
Após a morte de Cromwell, seu filho não consegue
manter o poder.
·
O Parlamento restaura a monarquia com Carlos II.
· Ainda há tensão entre o rei e o Parlamento.
🔄 Revolução Gloriosa (1688)
·
Rei Jaime II (católico) tenta impor o
absolutismo.
·
Parlamento convida Maria II e seu marido Guilherme
de Orange (protestantes) para assumir o trono.
·
Revolução sem derramamento de sangue → chamada de "Gloriosa".
· Declaração de Direitos (Bill of Rights): limita o poder real e fortalece o Parlamento.
📌 Consequências
·
Fim do absolutismo na Inglaterra.
·
Instauração da monarquia parlamentarista.
·
Fortalecimento da burguesia e do Parlamento.
· Base para o modelo político liberal moderno.
🌟 Iluminismo
📌 Contexto Histórico
-
Surgiu no século XVIII, conhecido como "Século das Luzes".
-
Reação contra o absolutismo, o feudalismo e a influência da Igreja na vida pública.
-
Influenciado pela Revolução Científica e pelo Racionalismo do século XVII (Descartes, Newton, etc.).
🧠 Características Principais
-
Racionalismo: A razão humana como principal ferramenta para compreender e transformar o mundo.
-
Empirismo: Conhecimento baseado na experiência e observação.
-
Crítica ao Absolutismo: Defesa de um governo baseado em leis e na vontade do povo.
-
Laicismo: Separação entre Estado e Igreja.
-
Progresso: Crença no avanço contínuo da ciência, educação e sociedade.
-
Igualdade jurídica: Todos deveriam ser iguais perante a lei.
-
Direitos naturais: Liberdade, propriedade e vida são direitos inalienáveis.
👨🏫 Principais Filósofos
-
John Locke: Defesa da propriedade privada e do contrato social.
-
Montesquieu: Propôs a divisão dos poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).
-
Voltaire: Defensor da liberdade de expressão e de religião.
-
Rousseau: Criticava a desigualdade social e defendia a soberania popular.
-
Diderot e D’Alembert: Criadores da Enciclopédia, símbolo do pensamento iluminista.
⚖️ Consequências e Influências
-
Influenciou revoluções:
-
Independência dos EUA (1776)
-
Revolução Francesa (1789)
-
Movimentos de independência na América Latina
-
-
Base para a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
-
Mudanças nas ideias sobre educação, política, economia e direitos civis.
📚 Frases-chave do Iluminismo
-
"Penso, logo existo." – Descartes
-
"O homem nasce livre, mas por toda parte encontra-se acorrentado." – Rousseau
-
"Posso não concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo." – (atribuída a Voltaire)
Revolução Americana
📌 Contexto Histórico
-
Ocorreu entre 1775 e 1783.
-
Envolveu as 13 colônias britânicas na América do Norte contra o domínio da Inglaterra.
-
Causada por conflitos econômicos, políticos e ideológicos.
💥 Causas da Revolução
-
Impostos abusivos cobrados pela Inglaterra para cobrir custos da Guerra dos Sete Anos (como a Lei do Selo e o Ato do Chá).
-
Falta de representação no Parlamento Britânico ("No taxation without representation").
-
Crescimento do sentimento de independência entre os colonos.
-
Influência das ideias iluministas (liberdade, direitos naturais, governo do povo).
🗓️ Principais Eventos
-
1773 – Boston Tea Party: Colonos protestam jogando chá britânico no mar.
-
1774 – Primeiro Congresso Continental: Reunião das colônias para discutir resistência.
-
1775 – Início da guerra de independência: Batalhas de Lexington e Concord.
-
1776 – Declaração de Independência: Redigida por Thomas Jefferson, proclamada em 4 de julho.
-
1781 – Derrota britânica em Yorktown: Fim da guerra na prática.
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1783 – Tratado de Paris: Inglaterra reconhece oficialmente a independência dos EUA.
📜 Declaração de Independência (1776)
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Baseada nos ideais iluministas, especialmente os de John Locke.
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Proclamava o direito à vida, liberdade e busca da felicidade.
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Rejeitava o autoritarismo do rei britânico.
⚖️ Consequências
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Independência dos EUA – Primeira colônia da era moderna a romper com a metrópole.
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Criação de uma república federativa presidencialista.
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Influência em outros movimentos:
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Revolução Francesa (1789)
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Revoluções na América Latina
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Estímulo às ideias democráticas e aos direitos individuais no mundo ocidental.
Revolução Francesa e Consolidação da Ordem Liberal – Resumo em Tópicos
🔥 Revolução Francesa (1789–1799)
📌 Contexto Histórico
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França em crise: econômica, social e política.
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Sociedade dividida em três estados:
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Clero (privilegiado)
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Nobreza (privilegiado)
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Povo / Terceiro Estado (maioria, sem privilégios)
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Influência do Iluminismo e da Revolução Americana.
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Gastos excessivos da monarquia (Luís XVI e Maria Antonieta).
⚔️ Fases da Revolução
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1789 – Assembleia Nacional e Queda da Bastilha
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Início da revolução.
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Fim do absolutismo.
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Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
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1791 – Monarquia Constitucional
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Constituição limita os poderes do rei.
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Sufrágio censitário (voto apenas para os mais ricos).
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1792–1794 – República e Radicalização (fase jacobina)
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Julgamento e execução de Luís XVI.
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Governo dos jacobinos (Robespierre): reformas sociais e políticas.
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Período do Terror: perseguição de opositores.
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1795–1799 – Diretório
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Governo moderado e instável.
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Cresce o papel do Exército.
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1799 – Golpe de 18 de Brumário
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Napoleão Bonaparte assume o poder e encerra a revolução.
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🧱 Consolidação da Ordem Liberal (século XIX)
💡 O que é a Ordem Liberal?
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Modelo de sociedade baseado nos valores do Iluminismo e nas transformações da Revolução Francesa:
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Liberdade individual
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Igualdade perante a lei
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Propriedade privada
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Economia de mercado (capitalismo)
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Fim dos privilégios feudais
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🌍 Como ela se consolida?
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Guerras Napoleônicas espalham os ideais revolucionários pela Europa.
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Derrota de Napoleão (1815) → Restauração monárquica no Congresso de Viena.
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Ao longo do século XIX:
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Lutas entre liberais (burguesia) e conservadores (monarquistas).
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Revoluções liberais e nacionalistas (ex: 1830, 1848).
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Fortalecimento da burguesia como classe dominante.
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Criação de Constituições, Parlamentos e Estados nacionais.
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📜 Legado
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Fim do Antigo Regime na Europa Ocidental.
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Estabelecimento da ordem liberal-burguesa.
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Base para os direitos civis e políticos modernos.
Brasil Colônia: Implantação e Economia do Sistema Colonial – Resumo em Tópicos
🚢 Implantação do Sistema Colonial (século XVI)
📌 Contexto
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Após o Tratado de Tordesilhas (1494), Portugal concentra-se no litoral do Brasil.
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Inicialmente, o interesse era limitado: exploração do pau-brasil com uso da mão de obra indígena.
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A partir de 1530, Portugal passa a colonizar efetivamente o território:
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Medo de invasões estrangeiras (franceses).
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Necessidade de gerar riquezas com a colônia.
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🏛️ Organização Administrativa
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1530 – Expedição de Martim Afonso de Sousa: início da colonização organizada.
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1534 – Capitanias Hereditárias:
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Divisão do território em 15 lotes concedidos a donatários.
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Maioria fracassou, exceto Pernambuco e São Vicente.
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1549 – Governo-Geral:
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Criação para centralizar o poder e reforçar o controle da metrópole.
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Primeiro governador-geral: Tomé de Souza.
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Fundação de Salvador, primeira capital.
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💰 Economia Colonial Brasileira
⚙️ Características Gerais
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Baseada no pacto colonial (ou exclusivo metropolitano):
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Colônia existe para enriquecer a metrópole.
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Produção voltada para o mercado externo.
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Monocultura, latifúndio e mão de obra escravizada.
🌱 Principais Atividades Econômicas
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Açúcar (séculos XVI–XVII)
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Principal produto no período colonial.
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Produzido nos engenhos do litoral nordestino (Pernambuco e Bahia).
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Mão de obra: inicialmente indígena, depois africana escravizada.
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Financiamento e comercialização com apoio da Holanda.
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Mineração (século XVIII)
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Descoberta de ouro e diamantes em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.
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Mudança do eixo econômico para o interior.
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Criação de cidades e desenvolvimento urbano (ex: Vila Rica).
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Forte presença da Coroa na cobrança de impostos (quinto, derrama).
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Surgimento de tensões sociais, como a Inconfidência Mineira.
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Outras Atividades
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Pecuária: expansão para o interior, especialmente no nordeste e sul.
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Tabaco e algodão: produtos secundários, voltados ao mercado externo.
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Produção de subsistência: pequena e voltada para o mercado interno.
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🔄 Impactos do Sistema Colonial
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Formação de uma sociedade desigual, com base na escravidão e no latifúndio.
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Consolidação do poder da elite agrária.
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Dependência econômica e política de Portugal.
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Surgimento de resistências, como quilombos, revoltas e movimentos separatistas.
Módulo 05: Br. Colônia: das invasões estrangeiras ao Período Pombalino
1. Invasões Estrangeiras
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Franceses (século XVI e XVII):
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Tentaram ocupar o território brasileiro em duas ocasiões:
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França Antártica (1555-1567): Baía de Guanabara (RJ).
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França Equinocial (1612-1615): Maranhão.
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Interesse no pau-brasil, contrabando e evangelização (calvinismo).
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Foram expulsos pelos portugueses com ajuda de colonos e indígenas aliados.
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Holandeses (século XVII):
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Invasões motivadas pela União Ibérica (1580-1640) e rivalidade com a Espanha.
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Ocupação do Nordeste (1624-1654):
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Salvador (ocupação curta em 1624).
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Pernambuco e região (1630-1654).
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Destaque para o governo de Maurício de Nassau:
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Desenvolvimento urbano, científico e artístico.
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Convivência relativa com católicos e judeus.
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Expulsos após resistência luso-brasileira (Batalha dos Guararapes).
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2. Interiorização da Colônia
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Tratado de Madri (1750):
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Substituiu o Tratado de Tordesilhas.
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Estabeleceu o princípio do uti possidetis (direito pela posse).
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Legalizou avanços portugueses no interior do continente.
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Impulsionou o reconhecimento da ocupação efetiva pelos portugueses.
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Bandeiras:
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Expedições paulistas ao interior.
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Três principais tipos:
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Apresadoras: captura de indígenas para escravidão.
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Prospectoras: busca por metais preciosos.
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Sertanistas: combate a quilombos e exploração do território.
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Contribuíram para a expansão territorial portuguesa.
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Monções:
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Expedições fluviais pelo interior (século XVIII).
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Ligavam São Paulo a regiões mineradoras (Mato Grosso, Goiás).
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Transportavam pessoas, suprimentos e informações.
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3. Mineração (século XVIII)
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Descoberta do ouro (1690 em MG) e do diamante (1720 em MG):
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Ciclo do ouro levou à interiorização da economia e ao crescimento de vilas.
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Vila Rica, Sabará, Mariana: importantes centros urbanos.
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Criação de sistemas de controle fiscal pela Coroa:
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Quinto (20% do ouro para a Coroa).
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Casas de Fundição para fundir e marcar o ouro legalizado.
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Derrama: cobrança forçada de impostos atrasados.
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Consequências:
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Transferência da capital de Salvador para o Rio de Janeiro (1763).
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Crescimento demográfico e econômico da região Sudeste.
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Surgimento de conflitos e revoltas (ex: Inconfidência Mineira).
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4. Período Pombalino (Marquês de Pombal – 1750-1777)
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Reformas ilustradas em Portugal e colônias:
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Modernização e centralização administrativa.
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Criação de Companhias de Comércio (ex: Maranhão e Grão-Pará).
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Expulsão dos jesuítas (1759) e reforma do ensino.
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Estímulo à economia colonial e à exploração mais direta pela metrópole.
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Consequências no Brasil:
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Aumento da repressão a movimentos autônomos.
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Fortalecimento do poder do Estado português sobre a colônia.
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1. Rebeliões Nativistas (século XVII e início do XVIII)
Tinham caráter local, geralmente defendendo interesses coloniais, sem ruptura com Portugal.
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Revolta de Beckman (1684 – Maranhão):
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Contra o monopólio e abusos da Companhia de Comércio do Maranhão.
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Insatisfação com a falta de escravos africanos e alimentos.
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Liderança de Manuel Beckman.
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Repressão violenta e execução dos líderes.
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Guerra dos Emboabas (1707-1709 – Minas Gerais):
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Conflito entre paulistas (descobridores das minas) e forasteiros chamados emboabas.
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Disputa pelo controle da mineração.
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Vitória dos emboabas; criação da Capitania de Minas Gerais.
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Guerra dos Mascates (1710-1711 – Pernambuco):
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Conflito entre senhores de engenho de Olinda e comerciantes portugueses (mascates) do Recife.
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Disputa por poder político e autonomia municipal.
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Recife tornou-se vila independente de Olinda.
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Revolta de Vila Rica / Felipe dos Santos (1720 – MG):
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Contra os altos impostos e a instalação das Casas de Fundição.
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Movimento popular liderado por Felipe dos Santos.
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Repressão severa: líder executado e movimento sufocado.
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2. Rebeliões Separatistas (finais do século XVIII e início do XIX)
Inspiradas nos ideais iluministas e nas revoluções americana e francesa. Tinham caráter emancipacionista.
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Inconfidência Mineira (1789 – MG):
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Elite mineira insatisfeita com os impostos, especialmente a derrama.
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Influência iluminista; proposta de república independente.
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Líderes: Tiradentes, Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga.
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Descoberta e repressão; Tiradentes foi enforcado (símbolo da luta pela independência).
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Conjuração Baiana / Revolta dos Alfaiates (1798 – BA):
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Movimento popular e mais radical (defendia abolição da escravidão, república, igualdade racial).
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Participação de artesãos, soldados, escravizados e libertos.
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Fortemente influenciada pela Revolução Francesa.
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Repressão severa e execução de quatro líderes.
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Revolução Pernambucana (1817 – PE):
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Movimento separatista e republicano de caráter liberal.
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Insatisfação com os altos impostos e centralização portuguesa.
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Participação de setores da elite e classe média.
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Proclamação de república efêmera; reprimida pelas tropas da Coroa.
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3. Período Joanino (1808–1821)
Com a vinda da corte portuguesa ao Brasil, houve mudanças significativas na administração e economia colonial.
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Abertura dos Portos (1808):
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Fim do monopólio comercial com Portugal.
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Autorizado o comércio com as nações amigas, principalmente a Inglaterra.
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Transformações institucionais:
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Criação de bancos, escolas, jornais e bibliotecas.
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Urbanização e melhorias no Rio de Janeiro.
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Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815):
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Elevação do Brasil à categoria de reino.
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Fim oficial do status colonial.
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Retorno de D. João VI a Portugal (1821):
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Pressionado pelas Cortes de Lisboa.
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Deixou seu filho D. Pedro I como regente no Brasil.
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4. Independência do Brasil (1822)
Processo liderado pela elite agrária brasileira com apoio de D. Pedro.
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Contexto:
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Insatisfação com o recolonialismo exigido pelas Cortes de Lisboa.
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Apoio da elite brasileira para manter privilégios e autonomia.
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Principais marcos:
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Dia do Fico (9 jan. 1822): D. Pedro recusa voltar a Portugal.
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Sete de Setembro (1822): Proclamação da independência às margens do Ipiranga.
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Coroação de D. Pedro I (1822): Tornou-se o primeiro imperador do Brasil.
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Consequências:
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Manutenção da estrutura social (escravidão, poder da elite).
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Transição política controlada.
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Independência negociada com Portugal mediante indenização.
🏛️ Resumo do Primeiro Reinado (1822–1831)
🔹 Partida de D. João VI (1821)
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D. João VI retorna a Portugal após mais de uma década no Brasil.
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Deixa seu filho, D. Pedro, como príncipe regente do Brasil.
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Pressionado pelas Cortes de Lisboa a voltar e a recolonizar o Brasil.
🔹 Dia do Fico (9 de janeiro de 1822)
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D. Pedro decide permanecer no Brasil, contrariando a ordem das Cortes portuguesas.
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Frase famosa: “Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico.”
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Ato simbólico da ruptura com Portugal.
🔹 Independência do Brasil (7 de setembro de 1822)
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Proclamada por D. Pedro às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo.
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D. Pedro torna-se o primeiro imperador do Brasil: D. Pedro I.
🔹 Constituição de 1824
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Primeira constituição do Brasil, outorgada (imposta) por D. Pedro I após dissolver a Assembleia Constituinte.
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Estabelece o regime monárquico e a divisão dos poderes.
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Introduz o Poder Moderador, exclusivo do imperador.
🔹 Poder Moderador
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Um dos quatro poderes do Estado (junto com o Executivo, Legislativo e Judiciário).
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Concedia ao imperador autoridade para intervir em qualquer um dos outros poderes.
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Garantia a centralização do poder nas mãos de D. Pedro I.
🔹 Conflitos e Gastos do Imperador
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Alta concentração de poder gerava insatisfação política.
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Gastos excessivos com guerras e a manutenção da corte.
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Participação na Guerra da Cisplatina (1825–1828), contra as Províncias Unidas do Rio da Prata (atual Argentina), pela posse da Cisplatina (atual Uruguai) — conflito caro e impopular.
O conflito de D. Pedro I com seu irmão em Portugal (Guerra Civil Portuguesa);
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O apoio à filha, Maria da Glória;
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As revoltas internas no Brasil provocadas pelo autoritarismo imperial.
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Crise econômica e aumento da dívida pública.
Revoltas internas provocadas pelo autoritarismo do imperador:
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Confederação do Equador (1824):
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Movimento republicano e separatista no Nordeste (principalmente em Pernambuco).
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Reação contra a centralização do poder na Constituição de 1824 e o uso do Poder Moderador.
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Reprimida com violência pelo governo imperial.
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Tensões políticas com liberais e federalistas:
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Elites regionais se opunham ao controle central imposto pelo imperador.
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A dissolução da Assembleia Constituinte e o autoritarismo agravaram o descontentamento.
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🔹 Noite das Garrafadas (março de 1831)
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Confronto nas ruas do Rio de Janeiro entre dois grupos:
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Portugueses (favoráveis ao imperador).
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Brasileiros (oposição ao autoritarismo de D. Pedro I).
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Conflito violento, simbolizou o fim do apoio popular a D. Pedro.
🔹 Abdicação de D. Pedro I (7 de abril de 1831)
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Pressionado por revoltas populares e falta de apoio político.
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Abdica em favor de seu filho, D. Pedro II, que tinha apenas 5 anos.
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Início do Período Regencial (1831–1840), com o poder nas mãos de regentes até a maioridade do novo imperador.
📜 Resumo do Período Regencial (1831–1840)
🔹 Contexto Inicial
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Iniciado com a abdicação de D. Pedro I em 7 de abril de 1831.
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Como seu filho, D. Pedro II, tinha apenas 5 anos, o Brasil foi governado por regentes até ele atingir a maioridade.
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Foi um período de instabilidade política, disputas de poder e muitas revoltas regionais.
⚖️ Disputa entre Liberais e Conservadores
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Liberais:
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Defendiam maior autonomia para as províncias e ampliação da participação política.
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Eram ligados às elites regionais e federalistas.
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Conservadores:
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Defendiam um governo centralizado e forte, para manter a ordem e a unidade do país.
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Ligados às elites do centro-sul e favoráveis à autoridade imperial.
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A tensão entre os dois grupos influenciou diretamente as mudanças políticas do período.
📝 Ato Adicional de 1834
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Reforma da Constituição de 1824, pressionada pelos liberais.
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Principais mudanças:
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Criação das Assembleias Legislativas Provinciais: deu mais poder às províncias.
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Extinção do cargo de regente único e criação da regência trina permanente.
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Mais tarde (1835), foi retomado o modelo de regente uno, com Feijó e depois Araújo Lima.
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Apesar das intenções descentralizadoras, o Ato gerou instabilidade e acabou incentivando revoltas.
🔥 Revoltas Regenciais (motivadas por desigualdades e disputas políticas)
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Cabanagem (1835–1840) – Pará:
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Revolta popular de camponeses, indígenas e negros contra a elite local e o governo central.
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Governaram Belém por um período.
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Farroupilha (1835–1845) – Rio Grande do Sul:
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Líderes locais (estancieiros) protestavam contra altos impostos e a falta de autonomia.
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Proclamaram a República Rio-Grandense.
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Sabinada (1837–1838) – Bahia:
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Revolta liderada por militares e profissionais liberais contra o governo central.
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Queriam instaurar uma república provisória até a maioridade de D. Pedro II.
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Balaiada (1838–1841) – Maranhão:
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Revolta popular envolvendo sertanejos, vaqueiros e escravizados.
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Contra as péssimas condições de vida e o autoritarismo das elites.
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👑 Golpe da Maioridade (1840)
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O país enfrentava crise política e pressões crescentes.
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Os liberais propuseram antecipar a maioridade de D. Pedro II (então com 14 anos) para restaurar a ordem e fortalecer sua posição política.
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O movimento foi aprovado pelo Parlamento e D. Pedro II foi declarado imperador em 1840.
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Fim do Período Regencial e início do Segundo Reinado.
SEGUNDO REINADO (1840 – 1889)
1. Eleições do Cacete
- Sistema eleitoral fraudulento durante o Império.
- Mesários e autoridades manipulavam resultados das eleições para favorecer os partidos Liberal ou Conservador.
- Prática comum para manter o controle político centralizado.
2. Parlamentarismo às Avessas
- Tentativa de adotar o parlamentarismo como sistema de governo.
- Na prática, o imperador mantinha poder real, escolhendo os ministros e decidindo sobre as políticas.
- Diferente do modelo europeu, onde o primeiro-ministro é quem governa.
3. Revolução Praieira (1848)
- Levante ocorrido em Pernambuco.
- Foi a última das grandes revoltas regenciais e teve caráter liberal e republicano.
- O movimento foi reprimido com violência pelo governo imperial.
4. Ministério da Conciliação (1848)
- Criado por D. Pedro II com o objetivo de unir os dois principais partidos da época: Conservadores e Liberais.
- Buscava estabilidade política após a crise das revoltas regenciais.
- Não durou muito tempo, mas marcou uma tentativa de equilíbrio partidário.
5. Economia Cafeeira
- Café tornou-se o principal produto da economia brasileira.
- Região Sudeste (principalmente São Paulo e Rio de Janeiro) era responsável pela maior produção.
- Baseava-se na mão de obra escrava até o fim da escravidão.
6. Tarifa Alves Branco (1844)
- Política protecionista que aumentou impostos sobre produtos estrangeiros.
- Objetivo: proteger a indústria nacional emergente e incentivar a produção interna.
- Contribuiu para o início da industrialização no Brasil.
7. Bill Aberdeen (1845)
- Lei britânica que autorizava a apreensão de navios negreiros brasileiros.
- Pressionou o Brasil a reprimir o tráfico atlântico de escravos.
- Resultado: aumento da fiscalização e declínio do tráfico transatlântico.
8. Leis para o Fim da Escravidão
- Lei Eusébio de Queirós (1850): proibiu o tráfico negreiro.
- Lei do Ventre Livre (1871): crianças nascidas de escravas seriam livres.
- Lei dos Sexagenários (1885): escravos acima de 60 anos eram libertos.
- Lei Áurea (1888): abolição total da escravidão, assinada por D. Luís Felipe Gastão de Orléans (Princesa Isabel).
9. Imigração para o Brasil
- Com a diminuição da mão de obra escrava, o Brasil incentivou a imigração europeia (italianos, alemães, portugueses etc.).
- Imigrantes vieram trabalhar nas lavouras de café, especialmente em São Paulo.
- A imigração ajudou na substituição da mão de obra escrava.
10. Questão Christie
- Disputa diplomática entre Brasil e Grã-Bretanha.
- Envolveu ofensas ao cônsul britânico Robert Charles Spencer.
- Gerou ameaça de guerra e mostrou a pressão internacional sobre o Brasil quanto à escravidão.
11. Intervenção de D. Pedro II no Uruguai, Argentina e Paraguai
- Brasil interveio em conflitos sul-americanos para garantir sua influência regional.
- Apoio ao Partido Blanco no Uruguai contra os Colorados.
- Relações tensas com Argentina e Paraguai, levando à Guerra do Paraguai.
12. Guerra do Paraguai (1864–1870)
- Maior conflito armado da América Latina.
- Brasil, Argentina e Uruguai lutaram contra o Paraguai.
- Vitória dos aliados, mas com altas perdas humanas e financeiras.
- Enfraqueceu o Exército e o Imperador perante a elite brasileira.
13. Questão Abolicionista
- Movimento crescente contra a escravidão.
- Pressão de grupos intelectuais, jornais e associações.
- Conflito direto com fazendeiros e senadores que defendiam a escravidão.
- Culminou na abolição com a Lei Áurea.
14. Questão Religiosa
- Conflito entre Igreja Católica e Estado Imperial.
- Padre Diogo Antônio Feijó foi preso por desobedecer ordens do governo.
- Mostrou a autonomia crescente do Estado frente à Igreja.
15. Questão Militar
- Descontentamento dos militares após a Guerra do Paraguai.
- Sentiam-se desprestigiados pelo governo imperial.
- Queriam mais participação política e reformas.
- Muitos passaram a apoiar ideias republicanas.
16. Questão Republicana
- Crescimento do movimento republicano, principalmente em áreas urbanas e entre elites modernizadoras.
- Críticas ao centralismo monárquico e defesa de um governo mais representativo.
- Influenciada pelas ideias liberais e positivistas.
17. Golpe da República (15 de novembro de 1889)
- Declarado pelo marechal Deodoro da Fonseca, com apoio de militares, republicanos e cafeicultores paulistas.
- D. Pedro II foi exilado.
- Fim do Império e início da República no Brasil.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
1. O advento da Revolução Industrial
- Artesanato : produção feita à mão, em pequena escala.
- Manufatura : divisão de tarefas entre operários, ainda sem máquinas pesadas.
- Divisão do trabalho : cada trabalhador realizou uma etapa específica do produto.
- Relação de trabalho : artesão x patrão (maior controle do processo).
- Maquinofatura : uso de máquinas nas fábricas – marco inicial da Revolução Industrial.
2. Causas gerais da Revolução Industrial
- Revolução comercial : aumento do comércio e das rotas marítimas.
- Economia mercantilista : acumulação de metais preciosos e protecionismo.
- Burguesia capitalista : grupo que tinha capital para investir na indústria.
- Iluminismo : ideias de progresso, racionalidade e liberdade econômica.
- Mentalidade científica : avanços técnicos e interesse por inovações práticas.
3. Liderança inglesa no processo industrial
- A Grã-Bretanha foi pioneira na Revolução Industrial.
- Fatores que influenciam:
- Acumulação de capitais
- Mão de obra disponível
- Recursos naturais abundantes
- Estado liberal
- Inovação tecnológica
4. Acumulação de capitais
- Comercialismo : lucros do comércio colonial.
- Ouro brasileiro : entrada de ouro no mercado europeu.
- Tratado de Methuen (1703) : vantagens comerciais para a Grã-Bretanha com Portugal.
- Leis de navegação : controle britânico do comércio marítimo.
5. Mão de obra disponível
- Cercamentos : expulsão de camponeses das terras rurais.
- Lei dos Pobres : controle estatal sobre os desempregados e pobres urbanos.
- Trabalhadores migraram para as cidades em busca de emprego nas fábricas.
6. Condições geográficas e materiais primas
- Minas de carvão : principal fonte de energia.
- Lã e algodão da América : matéria-prima para tecidos.
- Hulha, ferro, cobre e estanho : essenciais para maquinário e construção.
- Vasta rede fluvial navegável : facilita o transporte interno.
7. Estado liberal
- Revolução Gloriosa (1688) : fim do absolutismo e poder do Parlamento.
- Burguesia influente : participação política e econômica crescente.
- Liberdade comercial e incentivo ao mercado livre.
8. Indústria de tecidos
- Primeiro setor a se industrializar.
- Máquinas como a fiadora de Jenny , o tear mecânico e o motor a vapor aumentaram a produção.
9. Transformações fundamentais da industrialização
- Máquina a vapor (James Watt): revolucionou a produção e o transporte.
- Desenvolvimento metalúrgico : melhor qualidade e maior quantidade de ferro e aço.
10. Meios de transporte
- Trens : ligavam cidades e áreas produtoras.
- Navios a vapor : mais rápidos e eficientes no comércio internacional.
11. Comunicações
- Telégrafo : permite comunicação mais rápida entre distâncias longas.
12. Progressos na agricultura
- Novas técnicas e ferramentas aumentadas na produção agrícola.
- Menos pessoas eram permitidas no campo, liberando mão de obra para as cidades.
13. Segunda Revolução Industrial (final do século XIX)
- Baseada em novas tecnologias:
- Eletricidade
- Petróleo
- Aço
- Química
14. Modelos produtivos
- Taylorismo : divisão extrema do trabalho para aumentar a produtividade.
- Fordismo : linha de montagem e produção em massa.
- Toyotismo (pós-guerra) : flexibilidade e produção sob demanda.
15. Efeitos da Revolução Industrial
- Consolidação do modo de produção capitalista .
- Aumento da média de vida graças a melhorias sanitárias e alimentares.
- Emergência de novas classes sociais :
- Proletariado : trabalhadores assalariados.
- Burguesia industrial : donos de fábricas e empresas.
- Expansão dos núcleos urbanos : crescimento acelerado das cidades industriais.
- Aumento da produção agrícola para populações urbanas.
- Surto de ideologias socialistas e anarquistas : consequência das desigualdades sociais.
16. Movimento operário
- Ludismo : operários que destruíram máquinas, culpando-as pelo desemprego.
- Cartismo : movimento político pela melhoria das condições de vida e direito ao voto dos trabalhadores.
- Sindicalismo : organização de sindicatos para luta por direitos e melhores atualizações.
INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA ESPANHOLA E DO HAITI
1. Contexto histórico
- Fim do século XVIII e início do XIX : período marcado por profundas transformações políticas, sociais e econômicas.
- O Iluminismo e a Revolução Francesa inspiraram ideias de liberdade, igualdade e autodeterminação.
- As Revoluções na Europa , como a Revolução Francesa (1789) e as invasões napoleônicas , enfraqueceram o controle colonial espanhol nas Américas.
- Guerra Peninsular (1808–1814) : a ocupação francesa da Espanha gerou crise de legitimidade no sistema colonial.
2. Causas das independências
- Política de exclusão dos criollos (nascidos na América de origem europeia), que eram proibidos de ocupar cargas importantes.
- Sistema econômico mercantilista que limitava o comércio livre e explorava as colônias.
- Desejo de autonomia e identidade cultural crescente entre os povos americanos.
- Influência das revoluções norte-americana e francesa .
- Desigualdades sociais e raciais presentes em todas as colônias.
3. A Independência do Haiti (1791–1804) – O primeiro país independente da América Latina
⚠️ Características únicas:
- Primeira e única revolta de escravos bem-sucedida na história moderna.
- Antiga colônia francesa rica em plantações de açúcar e café.
- A maioria da população foi formada por escravos africanos .
🔥 Revolta de 1791:
- Liderada por Toussaint Louverture , ex-escravo e general habilitado.
- Os escravos se revoltaram contra a opressão e lutaram pela abolição da escravidão e pela independência.
🏆 Vitórias militares:
- Derrotaram os franceses, ingleses e espanhóis.
- Em 1804 , o Haiti declarou sua independência, tornando-se uma república negra independente .
💣 Consequências:
- Isolamento diplomático por décadas, temido pelas potências escravistas.
- Inspirou movimentos antiescravistas na América.
- Mostrou que os sistemas coloniais e escravocratas puderam ser derrubados.
4. Processo Geral de Independência da América Espanhola
📈 Fases:
- 1808–1815 : levantes iniciais e tentativas fracassadas de independência.
- 1816–1826 : fase decisiva com vitórias definitivas e consolidação das repúblicas independentes.
👑 Principais líderes:
- Simón Bolívar (Venezuela, Colômbia, Equador, Peru)
- José de San Martín (Argentina, Chile, Peru)
- Miguel Hidalgo e José María Morelos (México)
- Bernardo O'Higgins (Chile)
- Antonio José de Sucre (Bolívia)
5. Casos Particulares
🇲🇽 México
Causas:
- Crise social, racial e econômica.
- Influência das revoluções norte-americana e francesa.
- Pressão da elite criolla pelo poder político.
Etapas:
- Grito de Dolores (1810) - Início da luta armada liderada pelo padre Miguel Hidalgo .
- Movimento inicialmente popular, com apoio de camponeses e indígenas.
- Hidalgo foi capturado e fuzilado em 1811.
- José María Morelos assumiu a liderança, mas também foi derrotado.
Caminho até a independência:
- Em 1821 , o processo tomou outro rumo com o acordo entre Agustín de Iturbide (oficial realista) e Vicente Guerrero (líder insurgente).
- Pacto de Iguala → criação do Império Mexicano sob Iturbide.
- Mais tarde, em 1824 , o México se torna uma república federal .
Características:
- Longa e sangrenta.
- Dividida entre grupos radicais e conservadores.
- Presença forte da Igreja Católica no processo.
🇦🇷 Argentina
Contexto:
- Buenos Aires era o centro econômico de Vice-Realeza do Prata .
- Os criollos tinham mais acesso à educação e ao comércio.
Processo:
- Revolução de Maio (1810) : os criollos depuseram o vice-rei e instalaram uma junta governante.
- Em 1816 , ocorreu a declaração formal de independência em Tucumán .
Lideranças:
- Manuel Belgrano
- José de San Martín
- Juan José Castelli
Guerra contra a Espanha:
- Continuada até 1820 , com vitórias parciais.
- Consolidação como República Argentina no final do século XIX.
Características:
- Menos violenta comparado a outros países.
- Foco na emancipação política sem grandes mudanças sociais.
- Buenos Aires manteve papel dominante na nova nação.
🇨🇴 Confederação da Grã-Colômbia (Colômbia, Venezuela, Equador, Panamá)
Fundação:
- Criada por Simón Bolívar após uma vitória militar contra os espanhóis.
- Unificação de territórios libertações → Grande Colômbia (1819–1831) .
Objetivos:
- Fortalecer economicamente os novos Estados.
- Evitar invasões estrangeiras.
- Manter unidade política.
Problemas:
- Diferenças regionais e conflitos internos.
- A centralização do poder em Bogotá incomodava as elites locais.
- Em 1831 , a união desmoronou → divisão em países independentes.
Legado:
- Apesar do fim precoce, mostrou a dificuldade de unificar regiões tão distintas.
- Simón Bolívar é lembrado como "El Libertador".
🇺🇾 Uruguai
Contexto:
- Região disputada entre Espanha, Portugal, Brasil e Argentina .
- Local estratégico no Prata.
Processo:
- José Gervasio Artigas liderou o movimento pela autonomia regional.
- Tentativa de adesão à Junta de Buenos Aires.
- Ocupação portuguesa (1816) e anexação ao Brasil como Província Cisplatina .
Guerra Cisplatina:
- Entre Brasil e Argentina (1825–1828).
- Resultado: Independência do Uruguai reconhecido por ambos.
Formação da República:
- Constituição de 1830.
- Período marcado por instabilidade política e guerra civil.
Características:
- Nasceu como Estado competente entre Brasil e Argentina.
- Influência argentina e brasileira durante todo o século XIX.
🇨🇺 Cuba
Contexto:
- Colonizada pela Espanha até o início do século XX.
- Economia baseada no açúcar e escravidão.
Movimento independentista:
- Guerra dos Dez Anos (1868–1878) : primeira tentativa de independência.
- Guerra Grande (1895–1898) : vencida por José Martí , Antonio Maceo e Maximo Gómez .
Intervenção dos EUA:
- Guerra Hispano-Americana (1898) : os EUA entram em apoio aos cubanos.
- Após a derrota da Espanha, Cuba não se torna independente imediatamente.
Situação pós-1898:
- Cuba virou protegida dos EUA até 1902.
- Real independência em 1902 , com forte influência americana na economia e política.
Características:
- Atraso na independência devido à forte presença espanhola e interesse dos EUA.
- Movimento nacionalista intenso, com figuras heroicas como José Martí.
🧾 CONCLUSÃO
- A Independência da América Espanhola foi um processo complexo, diversificado e cheio de particularidades em cada região.
- O Haiti destacou-se como a única independência protagonizada por escravos.
- Embora houvesse um desejo comum de liberdade, os novos Estados enfrentaram problemas internos, como divisões regionais, concentração de poder e continuidade das desigualdades sociais.
- A influência das ideias iluministas , juntamente com as crises europeias, foram fundamentais para deflagrar essas mudanças.
- No caso de Cuba , a independência só veio tardiamente, sob forte influência dos Estados Unidos .