domingo, 2 de fevereiro de 2025

3º ANO

PROGRAMA DE HISTÓRIA  2025 - 3º ANO

1º BIMESTRE

Volume 1                                        Matéria PISM em azul

Frente A: Módulo 01: História Antiga: Grécia e Roma

    Módulo 02: Formação, Apogeu e Crise do Sistema Feudal

    Módulo 03: Organização dos Estados Nacionais 

    Módulo 04: Absolutismo e Mercantilismo

    Módulo 05: Renascimento 

Frente B: Módulo 01: Expansão Marítima

    Módulo 02: América Espanhola e Inglesa

    Módulo 03: Povos Africanos

   

Volume 2

Frente A - Módulo 06: Reforma e Contrarreforma

     Módulo 07: Revolução Inglesa 

     Módulo 08: Iluminismo 

     Módulo 09: Revolução Americana 

     Módulo 10: Revolução Francesa e Consolidação da Ordem Liberal 

2º BIMESTRE

Frente B -  Módulo 04: Brasil Colônia: Implantação e Economia do Sistema Colonial

                 Módulo 05: Br. Colônia: das invasões estrangeiras ao Período Pombalino

                 Módulo 06: Brasil Colônia: crise do sistema colonial e independência do Br.

     Módulo 07: Brasil: Primeiro-Reinado

     Módulo 08: Brasil: Período Regencial 

Volume 3

Frente A - Módulo 11: Revolução Industrial e consequências Sociopolíticas

     Módulo 12: Independência da América Espanhola e do Haiti 

     Módulo 13: Estados Unidos no Séc. XIX

     Módulo 14: Unificação Italiana, Alemã e Comuna de Paris

Frente B - Módulo 09: Bases Políticas do Brasil Império

                 Módulo 10: Grupos Sociais e Políticos do Brasil Império

3º BIMESTRE

Volume 3

Frente A: Módulo 15: Imperialismo 

Volume 4

Frente A: Módulo 16: Primeira Guerra Mundial

                    Módulo 17: Revolução Russa

                    Módulo 18: Período Entreguerras e Segunda Guerra Mundial

    Módulo 19: Guerra Fria e Focos de Tensão

                    Módulo 20: Nova Ordem Mundial

4º BIMESTRE

Frente B: Módulo 11: República Provisória e da Espada

    Módulo 12: Brasil: República Oligárquica

    Módulo 13: Era Vargas

    Módulo 14: Período Liberal – Democrático (1945-1964)

                    Módulo 15: Regime Militar

    Módulo 16: Nova República

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Frente A: Módulo 01: História Antiga: Grécia e Roma

Grécia

·                    Política

-Necessidade de administrar a cidade.

-Cada cidade-Estado tem sua própria política.

- Em comum temos: política era uma atividade permitida na Antiguidade somente para os cidadãos que geriam os negócios da polis (cidade) como o dinheiro público, as leis, a defesa dos cidadãos diante das guerras, os serviços públicos, a gestão da economia da cidade, impostos, entre outras atividades.

Atenas:

 - Situada na península da Ática, que foi ocupada pelos jônios desde o século X a.C..

Na democracia, os cidadãos eram iguais perante as leis.

Democracia é um regime político em que todos os cidadãos elegíveis participam igualmente — diretamente ou através de representantes eleitos 

- As duas principais instituições eram a Bulé, o conselho que formava as leis, e a Eclésia, a assembleia que tomava as decisões.

- Participavam da política em Atenas, somente os homens livres, de pai e mãe ateniense, maiores de 18 anos e nascidos na cidade eram considerados cidadãos. As mulheres, escravos e estrangeiros não desfrutavam de nenhum tipo de participação política.

- Democracia direta, onde todos os cidadãos atenienses participavam diretamente das questões políticas da polis.

Mistoforia é como se chamava a indenização diária, paga aos cidadãos atenienses que participassem de atividades públicas. Foi criada para permitir que os cidadãos mais pobres participassem das sessões da bulé

- Como forma de garantir o processo democrático na cidade, Clístenes adotou o “ostracismo”, onde os cidadãos que demostrassem ameaças ao regime democrático sofreriam um exílio de 10 anos.

- Ágora era uma grande praça aberta, reservada para funções públicas. ... Atividades religiosas, sociais, comerciais, judiciais, legislativas e administrativas aconteciam ao redor da área e tornavam a ágora o coração de uma cidade antiga onde os cidadãos votavam e decidiam através do voto direto. 

Esparta:

- A civilização que deu origem à cidade-estado de Esparta, na antiga Hélade, ou Grécia Antiga, desenvolveu-se no centro da Península do Peloponeso a partir da herança dos povos indo-europeus chamados dórios, que ali se estabeleceram por volta do século X d.C.

- As duas principais características de Esparta eram o caráter militarista e oligárquico. Militarista porque um dos principais objetivos era formar modelos de soldados bem treinados fisicamente para defender os interesses políticos da pólis.

- Oligárquia - regime político em que o poder é exercido por um pequeno grupo de pessoas, pertencentes ao mesmo partido, classe ou família.

- Dois reis (Diarquia), um militar e outro religioso. Governavam respeitando as decisões da Gerúsia, conselho composto por 28 anciãos com mais de 60 anos e pertencentes as famílias mais ricas, e a Apela que era o conselho formado por espartanos acima de 30 anos.

·                    Economia

As principais características de Atenas e Esparta são o fato de que a cidade-estado de Esparta possuía uma economia voltada para a subsistência, sendo fraca a prática do comércio, enquanto que seu modelo de sociedade buscava produzir guerreiros.

Atenas - A economia era baseada no comércio, já que o território da Cidade-Estado era pouco adequado para a prática da agricultura em larga escala

Esparta - com grande disponibilidade de terra fértil, possuía uma atividade agrícola autossuficiente e comércio restrito.

·                    Sociedade

Atenas:sociedade ateniense era formada por três principais camadas sociais: os cidadãos atenienses, os metecos e os escravos.

 Esparta:

- Os dórios invadiram a região e fundaram Esparta por volta do século IX a.C. e transformaram a população local em hilotas, em servos.

. Tinha como um de seus principais objetivos fazer de seus cidadãos modelos de soldados, fortes, corajosos, bem treinados e obedientes.

- A sociedade era estamental e estava dividida entre os que participavam da vida política – como os espartanos que compunham a máquina do estado – e os que não possuíam direitos políticos: os hilotas e os periecos.

- Os cidadãos espartanos eram descendente dos dórios, uma minoria em relação às demais classes, os Periecos, formados por homens livres que se dedicavam a atividades como o artesanato e o comércio, e os Hilotas, servos — que cuidavam do cultivo e da produção de alimentos.

Era considerado cidadão em Esparta somente aquele pertencente a classe social dos esparciatas, os guerreiros da cidade e que desprezavam as atividades como a agricultura e o artesanato.

·                    Cultura

Esparta e Atenas eram semelhantes na medida que ambas eram Cidades-Estado (unidades políticas independentes, com governo próprio), eram parte daquilo que compreendemos como Grécia, tinham uma mesma língua, um mesmo sistema de narrativas mitológicas e adotavam um mesmo modelo religioso.

educação espartana tinha como objetivo a perfeição física, a coragem e o hábito de obediência às leis, formando soldados ideais, insuperáveis em bravura. Já a educação ateniense tinha como objetivo a formação e desenvolvimento de personalidade dos meninos.

Na sociedade de Atenas(ateniense) a participação da mulher era praticamente nula, em relação as atividades, e o seu papel era basicamente. ... Já na sociedade Espartana, a mulher tinha mais participação na sociedade, muitas delas se dedicavam a jogos esportivos, participavam de decisões políticas e etc.

Em Espartaeducação tanto de meninos como de meninas era rígida. Desde pequenos, as crianças espartanas passavam por um rigoroso treinamento físico. Os meninos eram treinados para se tornarem excelentes guerreiros; as meninas eram treinadas para serem excelentes donas de casa e mães de filhos saudáveis.

educação ateniense tinha como objetivo principal à formação de indivíduos completos, ou seja, com bom preparo físico, psicológico e cultural. Por volta dos sete anos de idade, o menino ateniense era orientado por um pedagogo. Na escola, os jovens estudavam Música, Artes Plásticas, Filosofia, Literatura e etc.

 Olimpíada /  Teatro (tragédia e comédia) / Arquitetura

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 Roma Antiga

  1. Fundação de Roma (753 a.C.):
    • Lenda da fundação por Rômulo e Remo.
    • Origens míticas de Roma.
  2. Realeza Romana (753-509 a.C.):
    • Período dos reis de Roma.
    • Destaque para o governo de Tarquínio, o Soberbo.
    • Expulsão da monarquia e início da República.
  3. República Romana (509-27 a.C.):
    • Estrutura política baseada em instituições como Senado e magistraturas.
    • Conflitos internos entre patrícios e plebeus.
    • Expansão territorial através de guerras.
  4. Conquistas de Roma:
    • Guerras Púnicas contra Cartago.
    • Conquista da península itálica e expansão pela Europa.
    • Formação do Império Romano.
  5. Imperadores Romanos (27 a.C.-476 d.C.):
    • Ascensão de Júlio César e Augusto como primeiros imperadores.
    • Pax Romana e apogeu do Império.
    • Crise do terceiro século e divisão do Império.
  6. Queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C.):
    • Invasões bárbaras e enfraquecimento do Império.
    • Queda de Roma para os bárbaros em 476 d.C.
    • Período de transição para a Idade Média.

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Módulo 02: Formação, Apogeu e Crise do Sistema Feudal

1. Introdução à Idade Média

  • Período entre 476 (queda do Império Romano do Ocidente) e 1453 (queda de Constantinopla).
  • Também chamada de Idade das Trevas (visão renascentista) ou Idade da Fé (predomínio do cristianismo).
  • Dividida em Alta Idade Média (séculos V – X) e Baixa Idade Média (séculos XI – XV).

2. Alta Idade Média (Séculos V – X)

  • Formação dos Reinos Bárbaros: Povos germânicos ocupam territórios do antigo Império Romano.
  • Feudalismo:
    • Sociedade hierárquica e ruralizada baseada na suserania e vassalagem.
    • Economia agrária e autosuficiente (baseada nos feudos).
    • Relação servil: senhores feudais (deviam proteção) e servos (deviam impostos/obrigações).
  • Igreja Católica:
    • Instituição mais poderosa, influenciando política e cultura.
    • Monastérios preservam o conhecimento da Antiguidade.

3. Baixa Idade Média (Séculos XI – XV)

  • Renascimento Comercial e Urbano:
    • Crescimento das cidades e desenvolvimento da burguesia.
    • Feiras medievais e reativação do comércio.
    • Surgimento das corporações de oficio e guildas.
  • Cruzadas (1096 – 1291):
    • Expedições militares cristãs para reconquistar Jerusalém.
    • Contato com o Oriente estimula o comércio e a cultura.
  • Crise do Feudalismo:
    • Fome, peste negra (1347 – 1351) e revoltas camponesas.
    • Fortalecimento do poder dos reis e formação dos Estados Nacionais.
  • Guerra dos Cem Anos (1337 – 1453):
    • França x Inglaterra, marcando o fim do período medieval.
  • Fim da Idade Média (1453):
    • Queda de Constantinopla pelos turco-otomanos.
    • Transição para a Idade Moderna (Renascimento e Grandes Navegações).

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Formação dos Estados Nacionais (Portugal, Espanha, França e Inglaterra)

1. Contexto Geral

  • Ocorreu entre os séculos XIV e XVII.
  • Marcou o fim do feudalismo e a centralização do poder nas mãos dos reis.
  • Estados Nacionais surgiram com exércitos unificados, cobrança de impostos e administração centralizada.
  • A burguesia apoiava os monarcas em troca de estabilidade para o comércio.

2. Formação dos Estados Nacionais

Portugal

  • Primeiro Estado Nacional a se formar (século XII).
  • Revolução de Avis (1383-1385) consolidou o poder da monarquia.
  • Expansão marítima e comercial impulsionada pelo mercantilismo.

Espanha

  • Unificação em 1469 com o casamento dos Reis Católicos (Isabel de Castela e Fernando de Aragão).
  • Conquista de Granada (1492) finalizou a unificação territorial.
  • Expansão marítima e colonial, com destaque para a América.

França

  • Centralização do poder a partir da Guerra dos Cem Anos (1337-1453).
  • Luís XIV (Rei Sol) foi o principal monarca absolutista, com a frase “O Estado sou eu”.
  • Política mercantilista fortalecida por Jean-Baptiste Colbert.

Inglaterra

  • Processo de unificação mais lento, com disputas entre nobres.
  • Magna Carta (1215): limitou os poderes do rei e fortaleceu o Parlamento.
  • Guerra das Duas Rosas (1455-1485) levou à dinastia Tudor, que fortaleceu a monarquia.

3. Política Absolutista

  • Sistema político onde o rei concentrava todo o poder.
  • Justificado pelo Direito Divino dos Reis (poder concedido por Deus).
  • Exemplo: Luís XIV na França e Filipe II na Espanha.

4. Economia Mercantilista

  • Política econômica baseada na acumulação de ouro e prata.
  • Principais práticas:
    • Protecionismo: impostos sobre produtos estrangeiros.
    • Balança comercial favorável: exportar mais do que importar.
    • Colonialismo: exploração de colônias para obter riquezas.

5. Consequências

  • Surgimento das monarquias nacionais centralizadas.
  • Expansão marítima e colonial da Europa.
  • Formação das bases do capitalismo moderno.
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Renascimento

  • Renascimento Cultural

    • Século: Séculos XIV ao XVI.
    • Contexto: Revivalismo cultural da Antiguidade Clássica (Grécia e Roma).
    • Características:
      • Valorização das artes, literatura, filosofia e ciência.
      • Humanismo: Foco no ser humano, individualidade, razão e capacidade de transformação.
      • Desenvolvimento da perspectiva e técnicas artísticas inovadoras.
      • Expansão do comércio e novas formas de mecenato financiaram o movimento.
  • Renascimento Científico

    • Período: Fundamentalmente nos séculos XV e XVI.
    • Características:
      • Revolução científica: Observação, experimentação e questionamento como bases do conhecimento.
      • Figuras importantes: Nicolau Copérnico, Galileu Galilei, Johannes Kepler.
      • Teoria heliocêntrica de Copérnico desafiou o geocentrismo medieval.
      • Demonstração experimental de Galileu e leis de Kepler revolucionaram a astrofísica.
  • Posicionamento da Igreja Católica

    • Reação inicial: Desconfiança e resistência à nova abordagem do conhecimento.
    • Conflitos com a cosmovisão religiosa predominante da época.
    • Condenação de obras e teorias consideradas heréticas, como as de Galileu.
    • Posterior adaptação e integração de alguns princípios do Renascimento e da Revolução Científica.
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Grandes Navegações Marítimas
  • Grandes Navegações

    • Viagens Portuguesas
      • Motivações:
        • Busca de novas rotas comerciais para as Índias, visando contornar o monopólio árabe e veneziano.
        • Expansão do mercantilismo, em busca de especiarias e metais preciosos.
        • Propagação da fé católica e desejo de conquistar novos territórios.
      • Principais Navegadores e Viagens:
        • Infante D. Henrique (O Navegador) e as expedições ao longo da costa africana.
        • Vasco da Gama e a viagem que culminou na descoberta do caminho marítimo para as Índias em 1498.
        • Pedro Álvares Cabral e a chegada ao Brasil em 1500.
  • Viagens Espanholas
    • Motivações:
      • Busca por fama, glória e riquezas para os exploradores e financiadores.
      • Expandir o poder do Império Espanhol, competindo com Portugal.
      • Propagar o cristianismo, buscando conversão dos povos encontrados.
    • Principais Navegadores e Viagens:
      • Cristóvão Colombo e a descoberta da América em 1492.
      • Fernão de Magalhães e a primeira circum-navegação ao redor do globo em 1519-1522.
      • Hernán Cortés e a conquista do Império Asteca no México.
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América Espanhola
1. Civilizações Pré-Colombianas
2. Conquista Espanhola
3. Administração Espanhola
4. Economia
5. Sociedade Colonial

Astecas (México)

  • Capital: Tenochtitlán

  • Sociedade hierárquica e militarizada

  • Economia baseada na agricultura (milho, feijão, cacau) e tributos de povos dominados

  • Religião politeísta, com sacrifícios humanos

Maias (México, Guatemala, Honduras)

  • Grandes cidades-estado independentes (Chichén Itzá, Tikal)

  • Conhecimentos avançados em astronomia e matemática (uso do zero)

  • Escrita hieroglífica e calendário preciso

  • Agricultura (milho, feijão, abóbora)

Incas (Andes – Peru, Equador, Bolívia, Chile)

  • Capital: Cusco

  • Império centralizado, com estradas e comunicação eficiente (quipus)

  • Agricultura em terraços (milho, batata) e mit'a (trabalho solicitado)

  • Religião politeísta (culto ao Sol – Inti)

Principais Conquistadores

  • Hernán Cortés → Astecas (1519-1521)

  • Francisco Pizarro → Incas (1532-1533)

Fatores da Conquista

  • Armas de fogo e cavalos

  • Doenças trazidas pelos europeus (variola)

  • Alianças com povos indígenas rivais

  • Choque cultural e psicológico

Divisão Territorial

  • Vice-reinos: Nova Espanha, Peru, Nova Granada e Rio da Prata

  • Capitanias Gerais: unidades menores para defesa

Governo

  • Conselho das Índias (Espanha) → Criava leis

  • Vice-reis → Representantes diretos do rei

  • Audiências → Tribunais de justiça

  • Cabildos → Governos locais

Baseada no mercantilismo (riqueza da colônia para a metrópole)

  • Mineração (ouro e prata – Potosí)

  • Plantação (açúcar, cacau)

  • Monopólio comercial espanhol (proibição de comércio com outros países)

  • Mão de obra indígena (encomienda, mita) e africana (escravidão)

Estratificação Social

  1. Chapetones → Espanhóis nascidos na Europa (elite governante)

  2. Crioulos → Descendentes de espanhóis nascidos na América

  3. Mestiços → Mistura de europeus e indígenas

  4. Indígenas → Explorados na mita e encomienda

  5. Escravizados africanos → Trabalho imposto nas plantações e minas

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América Inglesa

1. Servidão por Contrato
2. Tipos de Colônias
3. Sistema Administrativo

  • Trabalhadores europeus assinaram contratos de 4 a 7 anos de serviço em troca de passagem, moradia e alimentação.

  • Usado principalmente nas colônias do sul e no centro para trabalhos agrícolas.

  • Após o período do contrato, alguns receberam terras, mas muitos permaneceram sem recursos.

  • Foi gradualmente ultrapassado pelo trabalho escravo africano no final do século XVII.

  • Colônias do Sul ((Virgínia, Maryland, Carolina do Norte, Carolina do Sul, Geórgia)

    • Economia baseada na agricultura (plantações de tabaco, algodão, arroz e índigo).

    • Uso intensivo de mão de obra escravizada.

    • Sociedade hierárquica e aristocrática.

  • Colônias do Centro (Nova York, Pensilvânia, Nova Jersey, Delaware)

    • Agricultura oferecida (trigo, milho) e comércio forte.

    • Maior diversidade étnica e religiosa.

    • Presença de cidades comerciais importantes, como Nova York e Filadélfia.

  • Colônias do Norte (Massachusetts, Rhode Island, Connecticut, New Hampshire)

    • Economia baseada em pequenas propriedades agrícolas, pesca e comércio marítimo.

    • Sociedade influenciada pelo puritanismo e pelo forte senso de comunidade.

    • Maior desenvolvimento educacional e autogoverno.

  • Autogoverno

    • Muitas colônias desenvolveram assembleias legislativas próprias, como a Casa dos Burgesses na Virgínia e as reuniões comunitárias na Nova Inglaterra.

    • Governadores indicados pela Coroa, mas frequentemente influenciados pelas elites locais.

  • Negligência Salutar

    • Política britânica de não interferência rigorosa nas colônias, permitindo autonomia econômica e política.

    • Facilitou o crescimento do comércio colonial e o desenvolvimento de instituições locais.

    • Mudou após a Guerra dos Sete Anos (1756-1763), quando a Coroa passou a impor mais controle e tributos, levando ao descontentamento colonial.

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1. Diversidade Étnica na África

  • A África possui grande diversidade cultural, linguística e religiosa.

  • Principais povos africanos:

    • Bantos: Maior grupo étnico, presente em vários países.

    • Pigmeus: Pequena estatura, vivem na África Equatorial, dedicam-se à caça e coleta.

    • Sudaneses: Agricultores, habitaram savanas e foram usados como mão de obra escrava no Brasil.

    • Nilotas: Altos, pele negra, vivem ao sul do Rio Nilo.

    • Koikoi: Conhecidos pelos europeus como hotentotes, habitavam o Sudoeste da África.

    • Berberes: Povos do Norte da África, falantes das línguas berberes, convertidos ao islamismo no século VIII.

2. Reinos Africanos

  • Reino de Gana (séc. III-XIII):

    • Base econômica no comércio de ouro e sal.

    • Capital: Kumbi Saleh.

    • Declínio devido ao esgotamento das minas e revoltas internas.

  • Reino de Mali (séc. XIII-XVI):

    • Fundado por Sundiata Keita, maior expansão com Mansa Mussa.

    • Cidade de Tombuctu foi grande centro cultural e religioso.

    • Comércio intenso com árabes e muçulmanos.

    • Declínio após a morte de Mansa Mussa, sendo dominado pelo Império Songhai.

  • Império Songhai (séc. XV-XVI):

    • Fundado por Sonni Ali Ber, capital em Gao.

    • Economia baseada no comércio de ouro, sal e trabalho escravo.

    • Decadência devido à invasão do reino de Marrocos e avanço europeu na costa africana.

3. Diversidade Cultural Africana

  • Culturas africanas apresentam diferentes organizações sociais e políticas.

  • Algumas sociedades adotavam linhagem matrilinear (ex: macuas e núbios).

  • Mulheres tinham papel importante, como as candaces (rainhas da Núbia).

  • Arte africana variada: cerâmicas, esculturas, máscaras e rituais religiosos.

  • Importância da tradição oral, transmitida por griôs (contadores de histórias).

4. Povos Africanos no Brasil e a Diáspora Africana

  • O termo diáspora africana refere-se à migração forçada devido ao tráfico de escravizados (séc. XVI-XIX).

  • Principais grupos no Brasil: bantos e iorubás.

  • Influências africanas na cultura brasileira:

    • Língua: palavras como quiabo, caçula, moleque, fubá.

    • Culinária: vatapá, acarajé, angu, canjica.

    • Religião: sincretismo com catolicismo e espiritismo, surgindo religiões afro-brasileiras (ex: candomblé).

    • Arte e música: influência na cultura popular, com artistas como Olodum, Carlinhos Brown e Margareth Menezes.

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Reforma e Contrarreforma

1. Contexto Histórico

Renascimento: fortalecimento do pensamento crítico e questionamento da Igreja.

Abusos da Igreja Católica: venda de indulgências, corrupção do clero, luxo excessivo.

Crescimento do nacionalismo: reis e príncipes apoiam a ruptura com Roma para maior autonomia.

Imprensa de Gutenberg: permitiu a rápida disseminação das ideias reformistas.

✝️ 2. Reforma Protestante

95 Teses contra a venda de indulgências.

Doutrina da "justificação pela fé".

Bíblia como única fonte de autoridade ("Sola Scriptura").

Celebração da missa em língua local e fim do celibato clerical.

Apoio de príncipes alemães → criação da Igreja Luterana.

Ideia da predestinação: Deus já escolheu os salvos antes do nascimento.

Valorização do trabalho e da disciplina (ética protestante do trabalho).

Organização rígida e austera da Igreja.

Expansão na Suíça, França (huguenotes), Países Baixos e Escócia (presbiterianos).

Ruptura com o Papa após a negação do pedido de divórcio.

Ato de Supremacia (1534): rei da Inglaterra se torna chefe da Igreja Anglicana.

Inicialmente semelhante ao catolicismo, mas adota elementos protestantes ao longo do tempo.

Anabatistas: rejeitavam o batismo infantil e defendiam a separação entre Igreja e Estado.

Puritanos: influenciados pelo calvinismo, buscavam uma igreja mais pura e sem influência católica.

Metodistas, batistas, presbiterianos: ramificações posteriores do protestantismo.

 3. Contrarreforma Católica (Reforma Católica)

Reafirmação de dogmas católicos: fé + boas obras para a salvação.

Criação do Index Librorum Prohibitorum (Índice de Livros Proibidos).

Fortalecimento da Inquisição para combater heresias.

Reorganização do clero: criação de seminários para melhor formação dos padres.

Fundada por Inácio de Loyola.

Propagação do catolicismo através da educação e missões evangelizadoras (ex: América e Ásia).

Julgamento e punição de hereges e dissidentes religiosos.

Perseguição a protestantes, cientistas (Galileu Galilei), bruxas e judeus.

Uso da arte e da arquitetura para reafirmar a grandiosidade da fé católica.

Exemplos: Igreja do Gesù em Roma, obras de Caravaggio, Bernini e Velázquez.

⚖️ 4. Consequências da Reforma e Contrarreforma

Fragmentação do cristianismo ocidental → surgimento de várias igrejas protestantes.

Guerras religiosas: Guerra dos 30 Anos (1618-1648).

Mudança no papel da Igreja Católica, com maior disciplina e evangelização global.

Influência no Iluminismo: valorização da razão e do pensamento crítico.

🔹 Martinho Lutero e o Luteranismo (1517)

🔹 João Calvino e o Calvinismo (1536)

🔹 Henrique VIII e o Anglicanismo (1534)

🔹 Outras Vertentes Protestantes

🔹 Concílio de Trento (1545-1563)

🔹 Companhia de Jesus (Jesuítas, 1534)

🔹 Tribunal da Inquisição

🔹 Fortalecimento das Artes Religiosas (Barroco)

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Revolução Inglesa

🌍 Contexto Geral

  • Ocorreu no século XVII (1603–1688), na Inglaterra.
  • Foi um conjunto de conflitos políticos, religiosos e econômicos.
  • Marca o início da transição do absolutismo para o parlamentarismo.

👑 Antecedentes

·         Dinastia Stuart (início com Jaime I) tentou impor o absolutismo.

·         Conflitos entre a Monarquia e o Parlamento.

·         Tensão religiosa: anglicanos x puritanos x católicos.

⚔️ Guerra Civil Inglesa (1642–1649)

·         Conflito entre:

o    Rei Carlos I (absolutista, apoiado pelos "Cavaleiros").

o    Parlamento (liderado por Oliver Cromwell e os "Cabeças Redondas").

·         Resultado: Vitória do Parlamento.

·         Execução de Carlos I em 1649 – primeira vez que um rei foi julgado e condenado pelo próprio povo.

🏛️ República de Cromwell (1649–1658)

·         Proclamação da Commonwealth (República).

·         Cromwell assume poder como Lorde Protetor (na prática, governo autoritário).

·         Fortalecimento do poder da burguesia e expansão comercial.

👑 Restauração Monárquica (1660)

·         Após a morte de Cromwell, seu filho não consegue manter o poder.

·         O Parlamento restaura a monarquia com Carlos II.

·         Ainda há tensão entre o rei e o Parlamento.

🔄 Revolução Gloriosa (1688)

·         Rei Jaime II (católico) tenta impor o absolutismo.

·         Parlamento convida Maria II e seu marido Guilherme de Orange (protestantes) para assumir o trono.

·         Revolução sem derramamento de sangue → chamada de "Gloriosa".

·         Declaração de Direitos (Bill of Rights): limita o poder real e fortalece o Parlamento.

📌 Consequências

·         Fim do absolutismo na Inglaterra.

·         Instauração da monarquia parlamentarista.

·         Fortalecimento da burguesia e do Parlamento.

·       Base para o modelo político liberal moderno.


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🌟 Iluminismo 

📌 Contexto Histórico

  • Surgiu no século XVIII, conhecido como "Século das Luzes".

  • Reação contra o absolutismo, o feudalismo e a influência da Igreja na vida pública.

  • Influenciado pela Revolução Científica e pelo Racionalismo do século XVII (Descartes, Newton, etc.).

🧠 Características Principais

  • Racionalismo: A razão humana como principal ferramenta para compreender e transformar o mundo.

  • Empirismo: Conhecimento baseado na experiência e observação.

  • Crítica ao Absolutismo: Defesa de um governo baseado em leis e na vontade do povo.

  • Laicismo: Separação entre Estado e Igreja.

  • Progresso: Crença no avanço contínuo da ciência, educação e sociedade.

  • Igualdade jurídica: Todos deveriam ser iguais perante a lei.

  • Direitos naturais: Liberdade, propriedade e vida são direitos inalienáveis.

👨‍🏫 Principais Filósofos

  • John Locke: Defesa da propriedade privada e do contrato social.

  • Montesquieu: Propôs a divisão dos poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).

  • Voltaire: Defensor da liberdade de expressão e de religião.

  • Rousseau: Criticava a desigualdade social e defendia a soberania popular.

  • Diderot e D’Alembert: Criadores da Enciclopédia, símbolo do pensamento iluminista.

⚖️ Consequências e Influências

  • Influenciou revoluções:

    • Independência dos EUA (1776)

    • Revolução Francesa (1789)

    • Movimentos de independência na América Latina

  • Base para a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.

  • Mudanças nas ideias sobre educação, política, economia e direitos civis.

📚 Frases-chave do Iluminismo

  • "Penso, logo existo." – Descartes

  • "O homem nasce livre, mas por toda parte encontra-se acorrentado." – Rousseau

  • "Posso não concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo." – (atribuída a Voltaire)

Vídeo: 


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Revolução Americana 

📌 Contexto Histórico

  • Ocorreu entre 1775 e 1783.

  • Envolveu as 13 colônias britânicas na América do Norte contra o domínio da Inglaterra.

  • Causada por conflitos econômicos, políticos e ideológicos.

💥 Causas da Revolução

  • Impostos abusivos cobrados pela Inglaterra para cobrir custos da Guerra dos Sete Anos (como a Lei do Selo e o Ato do Chá).

  • Falta de representação no Parlamento Britânico ("No taxation without representation").

  • Crescimento do sentimento de independência entre os colonos.

  • Influência das ideias iluministas (liberdade, direitos naturais, governo do povo).

🗓️ Principais Eventos

  • 1773 – Boston Tea Party: Colonos protestam jogando chá britânico no mar.

  • 1774 – Primeiro Congresso Continental: Reunião das colônias para discutir resistência.

  • 1775 – Início da guerra de independência: Batalhas de Lexington e Concord.

  • 1776 – Declaração de Independência: Redigida por Thomas Jefferson, proclamada em 4 de julho.

  • 1781 – Derrota britânica em Yorktown: Fim da guerra na prática.

  • 1783 – Tratado de Paris: Inglaterra reconhece oficialmente a independência dos EUA.

📜 Declaração de Independência (1776)

  • Baseada nos ideais iluministas, especialmente os de John Locke.

  • Proclamava o direito à vida, liberdade e busca da felicidade.

  • Rejeitava o autoritarismo do rei britânico.

⚖️ Consequências

  • Independência dos EUA – Primeira colônia da era moderna a romper com a metrópole.

  • Criação de uma república federativa presidencialista.

  • Influência em outros movimentos:

    • Revolução Francesa (1789)

    • Revoluções na América Latina

  • Estímulo às ideias democráticas e aos direitos individuais no mundo ocidental.


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Revolução Francesa e Consolidação da Ordem Liberal – Resumo em Tópicos


🔥 Revolução Francesa (1789–1799)

📌 Contexto Histórico

  • França em crise: econômica, social e política.

  • Sociedade dividida em três estados:

    1. Clero (privilegiado)

    2. Nobreza (privilegiado)

    3. Povo / Terceiro Estado (maioria, sem privilégios)

  • Influência do Iluminismo e da Revolução Americana.

  • Gastos excessivos da monarquia (Luís XVI e Maria Antonieta).

⚔️ Fases da Revolução

  1. 1789 – Assembleia Nacional e Queda da Bastilha

    • Início da revolução.

    • Fim do absolutismo.

    • Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.

  2. 1791 – Monarquia Constitucional

    • Constituição limita os poderes do rei.

    • Sufrágio censitário (voto apenas para os mais ricos).

  3. 1792–1794 – República e Radicalização (fase jacobina)

    • Julgamento e execução de Luís XVI.

    • Governo dos jacobinos (Robespierre): reformas sociais e políticas.

    • Período do Terror: perseguição de opositores.

  4. 1795–1799 – Diretório

    • Governo moderado e instável.

    • Cresce o papel do Exército.

  5. 1799 – Golpe de 18 de Brumário

    • Napoleão Bonaparte assume o poder e encerra a revolução.


🧱 Consolidação da Ordem Liberal (século XIX)

💡 O que é a Ordem Liberal?

  • Modelo de sociedade baseado nos valores do Iluminismo e nas transformações da Revolução Francesa:

    • Liberdade individual

    • Igualdade perante a lei

    • Propriedade privada

    • Economia de mercado (capitalismo)

    • Fim dos privilégios feudais

🌍 Como ela se consolida?

  • Guerras Napoleônicas espalham os ideais revolucionários pela Europa.

  • Derrota de Napoleão (1815) → Restauração monárquica no Congresso de Viena.

  • Ao longo do século XIX:

    • Lutas entre liberais (burguesia) e conservadores (monarquistas).

    • Revoluções liberais e nacionalistas (ex: 1830, 1848).

    • Fortalecimento da burguesia como classe dominante.

    • Criação de Constituições, Parlamentos e Estados nacionais.

📜 Legado

  • Fim do Antigo Regime na Europa Ocidental.

  • Estabelecimento da ordem liberal-burguesa.

  • Base para os direitos civis e políticos modernos.


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Brasil Colônia: Implantação e Economia do Sistema Colonial – Resumo em Tópicos


🚢 Implantação do Sistema Colonial (século XVI)

📌 Contexto

  • Após o Tratado de Tordesilhas (1494), Portugal concentra-se no litoral do Brasil.

  • Inicialmente, o interesse era limitado: exploração do pau-brasil com uso da mão de obra indígena.

  • A partir de 1530, Portugal passa a colonizar efetivamente o território:

    • Medo de invasões estrangeiras (franceses).

    • Necessidade de gerar riquezas com a colônia.

🏛️ Organização Administrativa

  • 1530 – Expedição de Martim Afonso de Sousa: início da colonização organizada.

  • 1534 – Capitanias Hereditárias:

    • Divisão do território em 15 lotes concedidos a donatários.

    • Maioria fracassou, exceto Pernambuco e São Vicente.

  • 1549 – Governo-Geral:

    • Criação para centralizar o poder e reforçar o controle da metrópole.

    • Primeiro governador-geral: Tomé de Souza.

    • Fundação de Salvador, primeira capital.


💰 Economia Colonial Brasileira

⚙️ Características Gerais

  • Baseada no pacto colonial (ou exclusivo metropolitano):

    • Colônia existe para enriquecer a metrópole.

    • Produção voltada para o mercado externo.

  • Monocultura, latifúndio e mão de obra escravizada.

🌱 Principais Atividades Econômicas

  1. Açúcar (séculos XVI–XVII)

    • Principal produto no período colonial.

    • Produzido nos engenhos do litoral nordestino (Pernambuco e Bahia).

    • Mão de obra: inicialmente indígena, depois africana escravizada.

    • Financiamento e comercialização com apoio da Holanda.

  2. Mineração (século XVIII)

    • Descoberta de ouro e diamantes em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.

    • Mudança do eixo econômico para o interior.

    • Criação de cidades e desenvolvimento urbano (ex: Vila Rica).

    • Forte presença da Coroa na cobrança de impostos (quinto, derrama).

    • Surgimento de tensões sociais, como a Inconfidência Mineira.

  3. Outras Atividades

    • Pecuária: expansão para o interior, especialmente no nordeste e sul.

    • Tabaco e algodão: produtos secundários, voltados ao mercado externo.

    • Produção de subsistência: pequena e voltada para o mercado interno.


🔄 Impactos do Sistema Colonial

  • Formação de uma sociedade desigual, com base na escravidão e no latifúndio.

  • Consolidação do poder da elite agrária.

  • Dependência econômica e política de Portugal.

  • Surgimento de resistências, como quilombos, revoltas e movimentos separatistas.

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Módulo 05: Br. Colônia: das invasões estrangeiras ao Período Pombalino

1. Invasões Estrangeiras

  • Franceses (século XVI e XVII):

    • Tentaram ocupar o território brasileiro em duas ocasiões:

      • França Antártica (1555-1567): Baía de Guanabara (RJ).

      • França Equinocial (1612-1615): Maranhão.

    • Interesse no pau-brasil, contrabando e evangelização (calvinismo).

    • Foram expulsos pelos portugueses com ajuda de colonos e indígenas aliados.

  • Holandeses (século XVII):

    • Invasões motivadas pela União Ibérica (1580-1640) e rivalidade com a Espanha.

    • Ocupação do Nordeste (1624-1654):

      • Salvador (ocupação curta em 1624).

      • Pernambuco e região (1630-1654).

    • Destaque para o governo de Maurício de Nassau:

      • Desenvolvimento urbano, científico e artístico.

      • Convivência relativa com católicos e judeus.

    • Expulsos após resistência luso-brasileira (Batalha dos Guararapes).

2. Interiorização da Colônia

  • Tratado de Madri (1750):

    • Substituiu o Tratado de Tordesilhas.

    • Estabeleceu o princípio do uti possidetis (direito pela posse).

    • Legalizou avanços portugueses no interior do continente.

    • Impulsionou o reconhecimento da ocupação efetiva pelos portugueses.

  • Bandeiras:

    • Expedições paulistas ao interior.

    • Três principais tipos:

      • Apresadoras: captura de indígenas para escravidão.

      • Prospectoras: busca por metais preciosos.

      • Sertanistas: combate a quilombos e exploração do território.

    • Contribuíram para a expansão territorial portuguesa.

  • Monções:

    • Expedições fluviais pelo interior (século XVIII).

    • Ligavam São Paulo a regiões mineradoras (Mato Grosso, Goiás).

    • Transportavam pessoas, suprimentos e informações.

3. Mineração (século XVIII)

  • Descoberta do ouro (1690 em MG) e do diamante (1720 em MG):

    • Ciclo do ouro levou à interiorização da economia e ao crescimento de vilas.

    • Vila Rica, Sabará, Mariana: importantes centros urbanos.

    • Criação de sistemas de controle fiscal pela Coroa:

      • Quinto (20% do ouro para a Coroa).

      • Casas de Fundição para fundir e marcar o ouro legalizado.

      • Derrama: cobrança forçada de impostos atrasados.

  • Consequências:

    • Transferência da capital de Salvador para o Rio de Janeiro (1763).

    • Crescimento demográfico e econômico da região Sudeste.

    • Surgimento de conflitos e revoltas (ex: Inconfidência Mineira).

4. Período Pombalino (Marquês de Pombal – 1750-1777)

  • Reformas ilustradas em Portugal e colônias:

    • Modernização e centralização administrativa.

    • Criação de Companhias de Comércio (ex: Maranhão e Grão-Pará).

    • Expulsão dos jesuítas (1759) e reforma do ensino.

    • Estímulo à economia colonial e à exploração mais direta pela metrópole.

  • Consequências no Brasil:

    • Aumento da repressão a movimentos autônomos.

    • Fortalecimento do poder do Estado português sobre a colônia.

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 Módulo 06: Brasil Colônia: crise do sistema colonial e independência do Br.

1. Rebeliões Nativistas (século XVII e início do XVIII)

Tinham caráter local, geralmente defendendo interesses coloniais, sem ruptura com Portugal.

  • Revolta de Beckman (1684 – Maranhão):

    • Contra o monopólio e abusos da Companhia de Comércio do Maranhão.

    • Insatisfação com a falta de escravos africanos e alimentos.

    • Liderança de Manuel Beckman.

    • Repressão violenta e execução dos líderes.

  • Guerra dos Emboabas (1707-1709 – Minas Gerais):

    • Conflito entre paulistas (descobridores das minas) e forasteiros chamados emboabas.

    • Disputa pelo controle da mineração.

    • Vitória dos emboabas; criação da Capitania de Minas Gerais.

  • Guerra dos Mascates (1710-1711 – Pernambuco):

    • Conflito entre senhores de engenho de Olinda e comerciantes portugueses (mascates) do Recife.

    • Disputa por poder político e autonomia municipal.

    • Recife tornou-se vila independente de Olinda.

  • Revolta de Vila Rica / Felipe dos Santos (1720 – MG):

    • Contra os altos impostos e a instalação das Casas de Fundição.

    • Movimento popular liderado por Felipe dos Santos.

    • Repressão severa: líder executado e movimento sufocado.

2. Rebeliões Separatistas (finais do século XVIII e início do XIX)

Inspiradas nos ideais iluministas e nas revoluções americana e francesa. Tinham caráter emancipacionista.

  • Inconfidência Mineira (1789 – MG):

    • Elite mineira insatisfeita com os impostos, especialmente a derrama.

    • Influência iluminista; proposta de república independente.

    • Líderes: Tiradentes, Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga.

    • Descoberta e repressão; Tiradentes foi enforcado (símbolo da luta pela independência).

  • Conjuração Baiana / Revolta dos Alfaiates (1798 – BA):

    • Movimento popular e mais radical (defendia abolição da escravidão, república, igualdade racial).

    • Participação de artesãos, soldados, escravizados e libertos.

    • Fortemente influenciada pela Revolução Francesa.

    • Repressão severa e execução de quatro líderes.

  • Revolução Pernambucana (1817 – PE):

    • Movimento separatista e republicano de caráter liberal.

    • Insatisfação com os altos impostos e centralização portuguesa.

    • Participação de setores da elite e classe média.

    • Proclamação de república efêmera; reprimida pelas tropas da Coroa.

3. Período Joanino (1808–1821)

Com a vinda da corte portuguesa ao Brasil, houve mudanças significativas na administração e economia colonial.

  • Abertura dos Portos (1808):

    • Fim do monopólio comercial com Portugal.

    • Autorizado o comércio com as nações amigas, principalmente a Inglaterra.

  • Transformações institucionais:

    • Criação de bancos, escolas, jornais e bibliotecas.

    • Urbanização e melhorias no Rio de Janeiro.

  • Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815):

    • Elevação do Brasil à categoria de reino.

    • Fim oficial do status colonial.

  • Retorno de D. João VI a Portugal (1821):

    • Pressionado pelas Cortes de Lisboa.

    • Deixou seu filho D. Pedro I como regente no Brasil.

4. Independência do Brasil (1822)

Processo liderado pela elite agrária brasileira com apoio de D. Pedro.

  • Contexto:

    • Insatisfação com o recolonialismo exigido pelas Cortes de Lisboa.

    • Apoio da elite brasileira para manter privilégios e autonomia.

  • Principais marcos:

    • Dia do Fico (9 jan. 1822): D. Pedro recusa voltar a Portugal.

    • Sete de Setembro (1822): Proclamação da independência às margens do Ipiranga.

    • Coroação de D. Pedro I (1822): Tornou-se o primeiro imperador do Brasil.

  • Consequências:

    • Manutenção da estrutura social (escravidão, poder da elite).

    • Transição política controlada.

    • Independência negociada com Portugal mediante indenização.

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🏛️ Resumo do Primeiro Reinado (1822–1831)

🔹 Partida de D. João VI (1821)

  • D. João VI retorna a Portugal após mais de uma década no Brasil.

  • Deixa seu filho, D. Pedro, como príncipe regente do Brasil.

  • Pressionado pelas Cortes de Lisboa a voltar e a recolonizar o Brasil.

🔹 Dia do Fico (9 de janeiro de 1822)

  • D. Pedro decide permanecer no Brasil, contrariando a ordem das Cortes portuguesas.

  • Frase famosa: Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico.”

  • Ato simbólico da ruptura com Portugal.

🔹 Independência do Brasil (7 de setembro de 1822)

  • Proclamada por D. Pedro às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo.

  • D. Pedro torna-se o primeiro imperador do Brasil: D. Pedro I.

🔹 Constituição de 1824

  • Primeira constituição do Brasil, outorgada (imposta) por D. Pedro I após dissolver a Assembleia Constituinte.

  • Estabelece o regime monárquico e a divisão dos poderes.

  • Introduz o Poder Moderador, exclusivo do imperador.

🔹 Poder Moderador

  • Um dos quatro poderes do Estado (junto com o Executivo, Legislativo e Judiciário).

  • Concedia ao imperador autoridade para intervir em qualquer um dos outros poderes.

  • Garantia a centralização do poder nas mãos de D. Pedro I.

🔹 Conflitos e Gastos do Imperador

  • Alta concentração de poder gerava insatisfação política.

  • Gastos excessivos com guerras e a manutenção da corte.

  • Participação na Guerra da Cisplatina (1825–1828), contra as Províncias Unidas do Rio da Prata (atual Argentina), pela posse da Cisplatina (atual Uruguai) — conflito caro e impopular.

  • O conflito de D. Pedro I com seu irmão em Portugal (Guerra Civil Portuguesa);

  • O apoio à filha, Maria da Glória;

  • As revoltas internas no Brasil provocadas pelo autoritarismo imperial.

  • Crise econômica e aumento da dívida pública.

  Revoltas internas provocadas pelo autoritarismo do imperador:

  • Confederação do Equador (1824):

    • Movimento republicano e separatista no Nordeste (principalmente em Pernambuco).

    • Reação contra a centralização do poder na Constituição de 1824 e o uso do Poder Moderador.

    • Reprimida com violência pelo governo imperial.

  • Tensões políticas com liberais e federalistas:

    • Elites regionais se opunham ao controle central imposto pelo imperador.

    • A dissolução da Assembleia Constituinte e o autoritarismo agravaram o descontentamento.

🔹 Noite das Garrafadas (março de 1831)

  • Confronto nas ruas do Rio de Janeiro entre dois grupos:

    • Portugueses (favoráveis ao imperador).

    • Brasileiros (oposição ao autoritarismo de D. Pedro I).

  • Conflito violento, simbolizou o fim do apoio popular a D. Pedro.

🔹 Abdicação de D. Pedro I (7 de abril de 1831)

  • Pressionado por revoltas populares e falta de apoio político.

  • Abdica em favor de seu filho, D. Pedro II, que tinha apenas 5 anos.

  • Início do Período Regencial (1831–1840), com o poder nas mãos de regentes até a maioridade do novo imperador.

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📜 Resumo do Período Regencial (1831–1840)

🔹 Contexto Inicial

  • Iniciado com a abdicação de D. Pedro I em 7 de abril de 1831.

  • Como seu filho, D. Pedro II, tinha apenas 5 anos, o Brasil foi governado por regentes até ele atingir a maioridade.

  • Foi um período de instabilidade política, disputas de poder e muitas revoltas regionais.

⚖️ Disputa entre Liberais e Conservadores

  • Liberais:

    • Defendiam maior autonomia para as províncias e ampliação da participação política.

    • Eram ligados às elites regionais e federalistas.

  • Conservadores:

    • Defendiam um governo centralizado e forte, para manter a ordem e a unidade do país.

    • Ligados às elites do centro-sul e favoráveis à autoridade imperial.

  • A tensão entre os dois grupos influenciou diretamente as mudanças políticas do período.

📝 Ato Adicional de 1834

  • Reforma da Constituição de 1824, pressionada pelos liberais.

  • Principais mudanças:

    • Criação das Assembleias Legislativas Provinciais: deu mais poder às províncias.

    • Extinção do cargo de regente único e criação da regência trina permanente.

    • Mais tarde (1835), foi retomado o modelo de regente uno, com Feijó e depois Araújo Lima.

  • Apesar das intenções descentralizadoras, o Ato gerou instabilidade e acabou incentivando revoltas.

🔥 Revoltas Regenciais (motivadas por desigualdades e disputas políticas)

  • Cabanagem (1835–1840)Pará:

    • Revolta popular de camponeses, indígenas e negros contra a elite local e o governo central.

    • Governaram Belém por um período.

  • Farroupilha (1835–1845)Rio Grande do Sul:

    • Líderes locais (estancieiros) protestavam contra altos impostos e a falta de autonomia.

    • Proclamaram a República Rio-Grandense.

  • Sabinada (1837–1838)Bahia:

    • Revolta liderada por militares e profissionais liberais contra o governo central.

    • Queriam instaurar uma república provisória até a maioridade de D. Pedro II.

  • Balaiada (1838–1841)Maranhão:

    • Revolta popular envolvendo sertanejos, vaqueiros e escravizados.

    • Contra as péssimas condições de vida e o autoritarismo das elites.

👑 Golpe da Maioridade (1840)

  • O país enfrentava crise política e pressões crescentes.

  • Os liberais propuseram antecipar a maioridade de D. Pedro II (então com 14 anos) para restaurar a ordem e fortalecer sua posição política.

  • O movimento foi aprovado pelo Parlamento e D. Pedro II foi declarado imperador em 1840.

  • Fim do Período Regencial e início do Segundo Reinado.


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SEGUNDO REINADO (1840 – 1889)

1. Eleições do Cacete

  • Sistema eleitoral fraudulento durante o Império.
  • Mesários e autoridades manipulavam resultados das eleições para favorecer os partidos Liberal ou Conservador.
  • Prática comum para manter o controle político centralizado.

2. Parlamentarismo às Avessas

  • Tentativa de adotar o parlamentarismo como sistema de governo.
  • Na prática, o imperador mantinha poder real, escolhendo os ministros e decidindo sobre as políticas.
  • Diferente do modelo europeu, onde o primeiro-ministro é quem governa.

3. Revolução Praieira (1848)

  • Levante ocorrido em Pernambuco.
  • Foi a última das grandes revoltas regenciais e teve caráter liberal e republicano.
  • O movimento foi reprimido com violência pelo governo imperial.

4. Ministério da Conciliação (1848)

  • Criado por D. Pedro II com o objetivo de unir os dois principais partidos da época: Conservadores e Liberais.
  • Buscava estabilidade política após a crise das revoltas regenciais.
  • Não durou muito tempo, mas marcou uma tentativa de equilíbrio partidário.

5. Economia Cafeeira

  • Café tornou-se o principal produto da economia brasileira.
  • Região Sudeste (principalmente São Paulo e Rio de Janeiro) era responsável pela maior produção.
  • Baseava-se na mão de obra escrava até o fim da escravidão.

6. Tarifa Alves Branco (1844)

  • Política protecionista que aumentou impostos sobre produtos estrangeiros.
  • Objetivo: proteger a indústria nacional emergente e incentivar a produção interna.
  • Contribuiu para o início da industrialização no Brasil.

7. Bill Aberdeen (1845)

  • Lei britânica que autorizava a apreensão de navios negreiros brasileiros.
  • Pressionou o Brasil a reprimir o tráfico atlântico de escravos.
  • Resultado: aumento da fiscalização e declínio do tráfico transatlântico.

8. Leis para o Fim da Escravidão

  • Lei Eusébio de Queirós (1850): proibiu o tráfico negreiro.
  • Lei do Ventre Livre (1871): crianças nascidas de escravas seriam livres.
  • Lei dos Sexagenários (1885): escravos acima de 60 anos eram libertos.
  • Lei Áurea (1888): abolição total da escravidão, assinada por D. Luís Felipe Gastão de Orléans (Princesa Isabel).

9. Imigração para o Brasil

  • Com a diminuição da mão de obra escrava, o Brasil incentivou a imigração europeia (italianos, alemães, portugueses etc.).
  • Imigrantes vieram trabalhar nas lavouras de café, especialmente em São Paulo.
  • A imigração ajudou na substituição da mão de obra escrava.

10. Questão Christie

  • Disputa diplomática entre Brasil e Grã-Bretanha.
  • Envolveu ofensas ao cônsul britânico Robert Charles Spencer.
  • Gerou ameaça de guerra e mostrou a pressão internacional sobre o Brasil quanto à escravidão.

11. Intervenção de D. Pedro II no Uruguai, Argentina e Paraguai

  • Brasil interveio em conflitos sul-americanos para garantir sua influência regional.
  • Apoio ao Partido Blanco no Uruguai contra os Colorados.
  • Relações tensas com Argentina e Paraguai, levando à Guerra do Paraguai.

12. Guerra do Paraguai (1864–1870)

  • Maior conflito armado da América Latina.
  • Brasil, Argentina e Uruguai lutaram contra o Paraguai.
  • Vitória dos aliados, mas com altas perdas humanas e financeiras.
  • Enfraqueceu o Exército e o Imperador perante a elite brasileira.

13. Questão Abolicionista

  • Movimento crescente contra a escravidão.
  • Pressão de grupos intelectuais, jornais e associações.
  • Conflito direto com fazendeiros e senadores que defendiam a escravidão.
  • Culminou na abolição com a Lei Áurea.

14. Questão Religiosa

  • Conflito entre Igreja Católica e Estado Imperial.
  • Padre Diogo Antônio Feijó foi preso por desobedecer ordens do governo.
  • Mostrou a autonomia crescente do Estado frente à Igreja.

15. Questão Militar

  • Descontentamento dos militares após a Guerra do Paraguai.
  • Sentiam-se desprestigiados pelo governo imperial.
  • Queriam mais participação política e reformas.
  • Muitos passaram a apoiar ideias republicanas.

16. Questão Republicana

  • Crescimento do movimento republicano, principalmente em áreas urbanas e entre elites modernizadoras.
  • Críticas ao centralismo monárquico e defesa de um governo mais representativo.
  • Influenciada pelas ideias liberais e positivistas.

17. Golpe da República (15 de novembro de 1889)

  • Declarado pelo marechal Deodoro da Fonseca, com apoio de militares, republicanos e cafeicultores paulistas.
  • D. Pedro II foi exilado.
  • Fim do Império e início da República no Brasil.


REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

1. O advento da Revolução Industrial

  • Artesanato : produção feita à mão, em pequena escala.
  • Manufatura : divisão de tarefas entre operários, ainda sem máquinas pesadas.
  • Divisão do trabalho : cada trabalhador realizou uma etapa específica do produto.
  • Relação de trabalho : artesão x patrão (maior controle do processo).
  • Maquinofatura : uso de máquinas nas fábricas – marco inicial da Revolução Industrial.

2. Causas gerais da Revolução Industrial

  • Revolução comercial : aumento do comércio e das rotas marítimas.
  • Economia mercantilista : acumulação de metais preciosos e protecionismo.
  • Burguesia capitalista : grupo que tinha capital para investir na indústria.
  • Iluminismo : ideias de progresso, racionalidade e liberdade econômica.
  • Mentalidade científica : avanços técnicos e interesse por inovações práticas.

3. Liderança inglesa no processo industrial

  • A Grã-Bretanha foi pioneira na Revolução Industrial.
  • Fatores que influenciam:
    • Acumulação de capitais
    • Mão de obra disponível
    • Recursos naturais abundantes
    • Estado liberal
    • Inovação tecnológica

4. Acumulação de capitais

  • Comercialismo : lucros do comércio colonial.
  • Ouro brasileiro : entrada de ouro no mercado europeu.
  • Tratado de Methuen (1703) : vantagens comerciais para a Grã-Bretanha com Portugal.
  • Leis de navegação : controle britânico do comércio marítimo.

5. Mão de obra disponível

  • Cercamentos : expulsão de camponeses das terras rurais.
  • Lei dos Pobres : controle estatal sobre os desempregados e pobres urbanos.
  • Trabalhadores migraram para as cidades em busca de emprego nas fábricas.

6. Condições geográficas e materiais primas

  • Minas de carvão : principal fonte de energia.
  • Lã e algodão da América : matéria-prima para tecidos.
  • Hulha, ferro, cobre e estanho : essenciais para maquinário e construção.
  • Vasta rede fluvial navegável : facilita o transporte interno.

7. Estado liberal

  • Revolução Gloriosa (1688) : fim do absolutismo e poder do Parlamento.
  • Burguesia influente : participação política e econômica crescente.
  • Liberdade comercial e incentivo ao mercado livre.

8. Indústria de tecidos

  • Primeiro setor a se industrializar.
  • Máquinas como a fiadora de Jenny , o tear mecânico e o motor a vapor aumentaram a produção.

9. Transformações fundamentais da industrialização

  • Máquina a vapor (James Watt): revolucionou a produção e o transporte.
  • Desenvolvimento metalúrgico : melhor qualidade e maior quantidade de ferro e aço.

10. Meios de transporte

  • Trens : ligavam cidades e áreas produtoras.
  • Navios a vapor : mais rápidos e eficientes no comércio internacional.

11. Comunicações

  • Telégrafo : permite comunicação mais rápida entre distâncias longas.

12. Progressos na agricultura

  • Novas técnicas e ferramentas aumentadas na produção agrícola.
  • Menos pessoas eram permitidas no campo, liberando mão de obra para as cidades.

13. Segunda Revolução Industrial (final do século XIX)

  • Baseada em novas tecnologias:
    • Eletricidade
    • Petróleo
    • Aço
    • Química

14. Modelos produtivos

  • Taylorismo : divisão extrema do trabalho para aumentar a produtividade.
  • Fordismo : linha de montagem e produção em massa.
  • Toyotismo (pós-guerra) : flexibilidade e produção sob demanda.

15. Efeitos da Revolução Industrial

  • Consolidação do modo de produção capitalista .
  • Aumento da média de vida graças a melhorias sanitárias e alimentares.
  • Emergência de novas classes sociais :
    • Proletariado : trabalhadores assalariados.
    • Burguesia industrial : donos de fábricas e empresas.
  • Expansão dos núcleos urbanos : crescimento acelerado das cidades industriais.
  • Aumento da produção agrícola para populações urbanas.
  • Surto de ideologias socialistas e anarquistas : consequência das desigualdades sociais.

16. Movimento operário

  • Ludismo : operários que destruíram máquinas, culpando-as pelo desemprego.
  • Cartismo : movimento político pela melhoria das condições de vida e direito ao voto dos trabalhadores.
  • Sindicalismo : organização de sindicatos para luta por direitos e melhores atualizações.


INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA ESPANHOLA E DO HAITI

1. Contexto histórico

  • Fim do século XVIII e início do XIX : período marcado por profundas transformações políticas, sociais e econômicas.
  • O Iluminismo e a Revolução Francesa inspiraram ideias de liberdade, igualdade e autodeterminação.
  • As Revoluções na Europa , como a Revolução Francesa (1789) e as invasões napoleônicas , enfraqueceram o controle colonial espanhol nas Américas.
  • Guerra Peninsular (1808–1814) : a ocupação francesa da Espanha gerou crise de legitimidade no sistema colonial.

2. Causas das independências

  • Política de exclusão dos criollos (nascidos na América de origem europeia), que eram proibidos de ocupar cargas importantes.
  • Sistema econômico mercantilista que limitava o comércio livre e explorava as colônias.
  • Desejo de autonomia e identidade cultural crescente entre os povos americanos.
  • Influência das revoluções norte-americana e francesa .
  • Desigualdades sociais e raciais presentes em todas as colônias.

3. A Independência do Haiti (1791–1804) – O primeiro país independente da América Latina

⚠️ Características únicas:

  • Primeira e única revolta de escravos bem-sucedida na história moderna.
  • Antiga colônia francesa rica em plantações de açúcar e café.
  • A maioria da população foi formada por escravos africanos .

🔥 Revolta de 1791:

  • Liderada por Toussaint Louverture , ex-escravo e general habilitado.
  • Os escravos se revoltaram contra a opressão e lutaram pela abolição da escravidão e pela independência.

🏆 Vitórias militares:

  • Derrotaram os franceses, ingleses e espanhóis.
  • Em 1804 , o Haiti declarou sua independência, tornando-se uma república negra independente .

💣 Consequências:

  • Isolamento diplomático por décadas, temido pelas potências escravistas.
  • Inspirou movimentos antiescravistas na América.
  • Mostrou que os sistemas coloniais e escravocratas puderam ser derrubados.

4. Processo Geral de Independência da América Espanhola

📈 Fases:

  • 1808–1815 : levantes iniciais e tentativas fracassadas de independência.
  • 1816–1826 : fase decisiva com vitórias definitivas e consolidação das repúblicas independentes.

👑 Principais líderes:

  • Simón Bolívar (Venezuela, Colômbia, Equador, Peru)
  • José de San Martín (Argentina, Chile, Peru)
  • Miguel Hidalgo e José María Morelos (México)
  • Bernardo O'Higgins (Chile)
  • Antonio José de Sucre (Bolívia)

5. Casos Particulares


🇲🇽 México

Causas:

  • Crise social, racial e econômica.
  • Influência das revoluções norte-americana e francesa.
  • Pressão da elite criolla pelo poder político.

Etapas:

  1. Grito de Dolores (1810) - Início da luta armada liderada pelo padre Miguel Hidalgo .
  2. Movimento inicialmente popular, com apoio de camponeses e indígenas.
  3. Hidalgo foi capturado e fuzilado em 1811.
  4. José María Morelos assumiu a liderança, mas também foi derrotado.

Caminho até a independência:

  • Em 1821 , o processo tomou outro rumo com o acordo entre Agustín de Iturbide (oficial realista) e Vicente Guerrero (líder insurgente).
  • Pacto de Iguala → criação do Império Mexicano sob Iturbide.
  • Mais tarde, em 1824 , o México se torna uma república federal .

Características:

  • Longa e sangrenta.
  • Dividida entre grupos radicais e conservadores.
  • Presença forte da Igreja Católica no processo.

🇦🇷 Argentina

Contexto:

  • Buenos Aires era o centro econômico de Vice-Realeza do Prata .
  • Os criollos tinham mais acesso à educação e ao comércio.

Processo:

  • Revolução de Maio (1810) : os criollos depuseram o vice-rei e instalaram uma junta governante.
  • Em 1816 , ocorreu a declaração formal de independência em Tucumán .

Lideranças:

  • Manuel Belgrano
  • José de San Martín
  • Juan José Castelli

Guerra contra a Espanha:

  • Continuada até 1820 , com vitórias parciais.
  • Consolidação como República Argentina no final do século XIX.

Características:

  • Menos violenta comparado a outros países.
  • Foco na emancipação política sem grandes mudanças sociais.
  • Buenos Aires manteve papel dominante na nova nação.

🇨🇴 Confederação da Grã-Colômbia (Colômbia, Venezuela, Equador, Panamá)

Fundação:

  • Criada por Simón Bolívar após uma vitória militar contra os espanhóis.
  • Unificação de territórios libertações → Grande Colômbia (1819–1831) .

Objetivos:

  • Fortalecer economicamente os novos Estados.
  • Evitar invasões estrangeiras.
  • Manter unidade política.

Problemas:

  • Diferenças regionais e conflitos internos.
  • A centralização do poder em Bogotá incomodava as elites locais.
  • Em 1831 , a união desmoronou → divisão em países independentes.

Legado:

  • Apesar do fim precoce, mostrou a dificuldade de unificar regiões tão distintas.
  • Simón Bolívar é lembrado como "El Libertador".

🇺🇾 Uruguai

Contexto:

  • Região disputada entre Espanha, Portugal, Brasil e Argentina .
  • Local estratégico no Prata.

Processo:

  • José Gervasio Artigas liderou o movimento pela autonomia regional.
  • Tentativa de adesão à Junta de Buenos Aires.
  • Ocupação portuguesa (1816) e anexação ao Brasil como Província Cisplatina .

Guerra Cisplatina:

  • Entre Brasil e Argentina (1825–1828).
  • Resultado: Independência do Uruguai reconhecido por ambos.

Formação da República:

  • Constituição de 1830.
  • Período marcado por instabilidade política e guerra civil.

Características:

  • Nasceu como Estado competente entre Brasil e Argentina.
  • Influência argentina e brasileira durante todo o século XIX.

🇨🇺 Cuba

Contexto:

  • Colonizada pela Espanha até o início do século XX.
  • Economia baseada no açúcar e escravidão.

Movimento independentista:

  • Guerra dos Dez Anos (1868–1878) : primeira tentativa de independência.
  • Guerra Grande (1895–1898) : vencida por José Martí , Antonio Maceo e Maximo Gómez .

Intervenção dos EUA:

  • Guerra Hispano-Americana (1898) : os EUA entram em apoio aos cubanos.
  • Após a derrota da Espanha, Cuba não se torna independente imediatamente.

Situação pós-1898:

  • Cuba virou protegida dos EUA até 1902.
  • Real independência em 1902 , com forte influência americana na economia e política.

Características:

  • Atraso na independência devido à forte presença espanhola e interesse dos EUA.
  • Movimento nacionalista intenso, com figuras heroicas como José Martí.

🧾 CONCLUSÃO

  • A Independência da América Espanhola foi um processo complexo, diversificado e cheio de particularidades em cada região.
  • O Haiti destacou-se como a única independência protagonizada por escravos.
  • Embora houvesse um desejo comum de liberdade, os novos Estados enfrentaram problemas internos, como divisões regionais, concentração de poder e continuidade das desigualdades sociais.
  • A influência das ideias iluministas , juntamente com as crises europeias, foram fundamentais para deflagrar essas mudanças.
  • No caso de Cuba , a independência só veio tardiamente, sob forte influência dos Estados Unidos .